Representantes dos caminhoneiros garantem que paralisação continuará na Nova Alta Paulista

Classe afirma que mobilização não tem interferência política e que busca redução de todos os combustíveis

Nova manifestação será realizada na tarde desta terça-feira (29), em Adamantina (Foto: Janaina Moraes | Grupo IMPACTO)

Caminhoneiros continuam fazendo protestos em rodovias do país nesta terça-feira (29), o 9º dia da greve. Há atos em pelo menos 20 estados e no Distrito Federal. Na Nova Alta Paulista, os representantes dos manifestantes afirmam que há mobilização em Parapuã, Osvaldo Cruz, Adamantina, Flórida Paulista, Pacaembu, Junqueirópolis, Dracena e Tupi Paulista. Porém, não há bloqueio da SP-294 (rodovia Comandante João Ribeiro de Barros).

Apesar de anunciadas medidas pelo Governo Federal para finalizar a grave, como a redução de R$ 0,46 no litro do diesel por 60 dias, os caminhoneiros esperam mais garantias do presidente Michel Temer. “A redução anunciada impactará apenas no óleo diesel – por tempo determinado e com poucos reflexos, não em outros combustíveis. A nossa mobilização é em prol da sociedade, queremos garantias que as demandas da população sejam atendidas”, disse o caminhoneiro Adriano Nunes, ao IMPACTO.

Os representantes dos caminhoneiros garantem também que itens carregados voltados para área da saúde ou de alimentos perecíveis estão sendo entregues. “Não existe mais bloqueio de caminhão. A questão é que os caminhoneiros não querem circular em protesto a situação que o país atravessa, com altas taxas de impostos, corrupção e outros itens causados pela má gestão política que afligem a população”, diz João Paulo Dall’Acqua.

Os caminhoneiros afirmam ainda que as manifestações são de toda a sociedade. “A comunidade em geral está descontente. Muitos apóiam o movimento, levando água, alimentos, suporte aos caminhoneiros que estão parados nas rodovias da região. Diversas manifestações já foram realizadas em apoio com adesão grande da população, porque sabem que as reivindicações são necessárias e urgentes”, pontua Adão Roberto Ricci.

Nesta terça-feira (29), haverá mais uma manifestação em Adamantina, às 16h, que sairá defronte da praça Élio Micheloni e seguirá até o trevo principal da cidade. “A mobilização inicial era dos caminhoneiros. Agora, a própria comunidade se organiza e realiza protestos em apoio à paralisação”, afirma Marco Aurélio Rodrigues.

Representantes dos caminhoneiros e comércio varejista se reúnem nesta terça-feira (29) (Foto: João Vinícius | Grupo IMPACTO)

Comércio

Também, nesta terça, houve encontro entre representantes dos caminhoneiros e do comércio varejista de Adamantina. Em nota, o Sincomercio (Sindicato do Comércio Varejista) Nova Alta Paulista disse que “apoia o movimento dos caminhoneiros em todo território nacional por entender justas as reivindicações da categoria e por entender também que o movimento representa a grande maioria dos brasileiros, principalmente a classe de empresários e comerciantes que sobrevivem a duras penas para manter seus negócios em dia, gerando emprego e pagando uma das mais altas cargas tributárias do mundo”.

Sobre o fechamento dos estabelecimentos comerciais, em apoio ao movimento, O Sindicato deixou a critério de cada empresa a decisão. “Na quinta-feira (24), os comércios de Adamantina e Dracena abaixaram suas portas mais cedo do horário habitual. Nos dias seguintes, outras cidades também fizeram o mesmo. Entendemos assim que o comércio varejista da região deu o seu recado: o de apoio aos caminhoneiros e o de indignação à classe política”, diz, a nota.

Ainda, segundo o comunicado assinado pelo presidente do Sincomercio, Sérgio Vanderlei da Silva, “muitas empresas já estão sendo paralisadas por falta de produtos e insumos e a população vem sendo a mais prejudicada. Diversos empresários encontram-se em situação de certo desespero, pois não sabem se vão conseguir nos próximos dias cumprir com suas obrigações, como pagar imposto, taxas e fazer a folha de pagamento. Diante do exposto, reafirmamos que a decisão de fechar ou não as empresas a partir de agora fica a critério de cada empresário”, finaliza a nota.

 

FONTEJOÃO VINÍCIUS | GRUPO IMPACTO
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