Duas cidades da região confirmaram casos de leishmaniose em humanos nesta semana. Em Adamantina, um idoso, de 63 anos, morreu após 13 dias internado na Santa Casa local. Já em Osvaldo Cruz, outro idoso, de 61 anos, está em tratamento contra a doença.
No caso de Adamantina, o secretário de Saúde Gustavo Taniguchi Rufino informou que a Prefeitura foi notificada e que o morador em questão fez o tratamento médico na Santa Casa por cinco dias, falecendo na quinta-feira (9).
Já a família da vítima informou que José Carlos Moreno havia sido internado no dia 28 de julho na Santa Casa local e morreu com complicações da doença. No atestado de óbito consta como causas da morte falência de múltiplos órgãos, leuctrome hepato renal, leishmaniose visceral e hepatopatia crônica.
Desde 2004, quando Adamantina registrou o primeiro caso de leishmaniose visceral em humano, foram contabilizados quatro casos no Jardim das Acácias – onde a vítima residia – e outras quatro pessoas foram diagnosticadas com a doença no Conjunto Habitacional Mário Covas, bairro vizinho.
Devido a grande incidência de casos na área, que é considerada crítica pela Prefeitura, o Departamento de Controle de Vetores realiza busca ativa de sintomáticos nos dois bairros. A medida visa identificar, tanto em humanos quanto em animais, a sintomatologia da doença para que, identificado precocemente, possam ser tomadas as devidas providências.
Os agentes comunitários de saúde também realizam orientações sobre prevenção e manejo ambiental, cuidado com os quintais e com os cães. Eles farão um levantamento das áreas públicas que condicionam risco para a proliferação do mosquito palha, para que sejam tomadas as providências em relação à limpeza e retirada das matérias orgânicas (lixos domésticos, folhas e frutos).
Prefeitura confirma caso em Osvaldo Cruz
Já em Osvaldo Cruz, o caso de leishmaniose em humano foi confirmado pela Prefeitura na quarta-feira (15). Após a realização de um teste rápido, o Instituto Adolfo Lutz de Marília constatou o resultado positivo em um idoso de 61 anos.
Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Camila Silva, este é o segundo caso registrado no ano. “O primeiro caso confirmado de leishmaniose visceral em 2018 foi registrado em fevereiro em um homem de 34 anos”, disse.
A enfermeira destacou a importância de um diagnóstico rápido. “É importante que a população tenha consciência da informação de que o diagnóstico precoce pode evitar as chances de uma complicação do quadro. Então, pedimos para que, caso as pessoas apresentem algum sintoma característico da leishmaniose como febre prolongada, fraqueza, emagrecimento, aumento de baço e fígado, que procurem uma unidade de saúde para que providências quanto ao tratamento sejam iniciadas o mais rápido possível”, pontuou.
OC realiza mutirão neste sábado
A Vigilância Epidemiológica de Osvaldo Cruz realiza neste sábado (18), no antigo Fórum na praça Hermínio Elorza, o ‘Mutirão da Leishmaniose’.
Os proprietários de animais, que por algum motivo não tiveram o sangue de seus ‘pets’ coletados durante a primeira etapa da campanha desencadeada meses atrás, poderão levar seu animal até a sede da Vigilância Epidemiológica para que o exame seja realizado.
O veterinário do setor, Marcelo Moreli, destacou que a equipe da Prefeitura passou em todas as residências da cidade, mas algumas pessoas não se encontravam em casa naquele momento da visita. “Assim, se seu animal acabou ficando sem a coleta de sangue para o exame há agora uma nova oportunidade”, disse Morelli.
Coleta de sangue segue até dia 3 em Adamantina
Já em Adamantina, a Prefeitura realiza a coleta de sangue para diagnóstico da leishmaniose até o dia 3 de setembro em conjunto com a vacinação contra a raiva.
“A vacinação para a raiva é muito importante, pois garante a saúde e o bem estar do seu animal de estimação. Lembrando que, nos pontos de vacinação, as equipes também estarão preparadas para coletar o sangue para a realização de sorologia da Leishmaniose Visceral Canina. Estejamos atentos a saúde dos nossos animais”, salienta Francine de Brito Alves, chefe do Departamento de Controle e Zoonoses.