Cidadão adamantinense, Nico Romanini falece em São Paulo

O ex-vereador de Adamantina morreu, aos 92 anos, no início da manhã desta segunda-feira (17), em São Paulo, onde estava em tratamento médico

Antônio Romanini Primo, conhecido como Nico Romanini, faleceu na manhã desta segunda-feira (17), em São Paulo (Foto: Estela Mendes)

O ‘Cidadão Adamantinense’ Antônio Romanini Primo, conhecido como Nico Romanini, faleceu na manhã desta segunda-feira (17), em São Paulo, onde passava por tratamento médico. O agropecuarista e ex-vereador faleceu aos 92 anos.

Natural de Itápolis, Nico Romanini nasceu em 23 de maio de 1926, mudando-se para Adamantina em 1941.

Na cidade teve grande atuação na agropecuária e na indústria, além de contribuir com a política, já que foi vereador por dois mandatos na 6º Legislatura (1969 a 1972) e na 10ª Legislatura (1989 a 1992), além de vice-prefeito (1961), quando não era vinculada a chapa prefeito e vice.

Segundo o portal Siga Mais, a previsão é de que o sepultamento, no cemitério local, ocorra na manhã desta terça-feira (18). A família se organiza para o translado do corpo a Adamantina.

História de vida

Filho de Vitório Romanini e Maria Cândida Branco Peres Romanini, Nico Romanini passou a infância em sua cidade natal, Itápolis, onde seus pais eram comerciantes.

Em 1941, a Família Romanini mudou-se para a Nova Alta Paulista. Aqui se estabeleceram com máquina de beneficiar arroz recebendo o produto de toda a região vindo de carroça.

Com início da 2ª Guerra Mundial, em 1939, o mundo entrou em crise. Gasolina, querosene, sal, açúcar, trigo, enfim, tudo era racionado e difícil. Nico era um jovem batalhador e a palavra desânimo nunca existiu em seu dicionário. Nessa época ele trabalhava com carroça transportando gasolina e Lucélia em tambores de 200 litros.

Depois trabalhou como mecânico em São Paulo. Retornando à Adamantina trabalhou como mecânico e motorista, como prestador de serviço sem vínculo empregatício.

Como motorista transportava madeira dos desmatamentos regionais para a serraria. E sempre se considerou o motorista mais antigo de Adamantina, sem multas e ocorrências.

Nos negócios, foi agropecuarista e sócio da Indústria de Óleo Romanini, que marcou época em Adamantina com as marcas Adamantina e Celina. Gerou muitos empregos e forneceu óleo comestível para todo Brasil.

Em 2015, Nico foi homenageado pela Câmara Municipal com o título de ‘Cidadão Adamantinense’.

Dedicação ao esporte

Em texto enviada à imprensa na manhã desta segunda, em homenagem a Nico Romanini, o autor do livro Reviver Futebol Adamantinense, João Carlos Rodrigues, relembra que ele sempre esteve apoiando o futebol adamantinense.

Nico jogou pelo Time dos Motoristas, em 1949, e afirmava que: “sou o motorista mais antigo que ainda dirige em Adamantina”.

Atuou no amador do Adamantina F.C., exercendo a função de presidente do time, quando foi campeão amador em 1957 da Alta Paulista, Alta Sorocabana e Noroeste. Foi o motorista do ônibus que levou o time em Franca.

Outra história relembrada foi de quando Nico Romanini juntamente com seu irmão Nelson Romanini estamparam a primeira página do Jornal Folha de São Paulo, em 25 de julho de 1966, na matéria ‘Seleção de Volta ao Brasil’, ao lado do Pelé e Orlando, no aeroporto de Londres.

Em 1974, quando o Guarani de Adamantina foi campeão estadual da 2ª Divisão, Nico se locomovia com seu avião até Rancharia para trazer os jogadores que defendiam o time bugrino.

Em 2015, Nico Romanini recebeu o título de ‘Cidadão Adamantinense’ da Câmara Municipal (Foto: Divulgação | Câmara)
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