Uruguai, o país da Tannat

O Santo Vinho, coluna de Silvio Graboski

Silvio, colunista O Santo Vinho, e sua esposa Shirley em visita à Vinícola Juniacó (Foto: Arquivo Pessoal)

Aproveitando o feriado do último dia 12 eu e minha esposa viajamos para Montevideo com o objetivo principal de conhecer algumas vinícolas.

O Uruguai tem se destacado por ter melhorado a qualidade de seus vinhos, especialmente aqueles produzidos com a uva Tannat, que se tornou um ícone no país.

Originária do sulda França, a Tannat ficou famosa depois que estudos científicos  constataram que é a uva com maior quantidade de resveratrol, um polifenol que tem características anticancerígena e antienvelhecimento.

A Tannat tem uma carga tânica intensa, por isso os vinhos produzidos com ela são bastante tânicos, potentes e envelhecem muito bem.Por causa de sua carga tânica os melhores vinhos são aqueles que passam por madeira.

Tannat, o vinho emblemático do Uruguai (Foto: Arquivo Pessoal)

Os Tannats são saborosos, de cor vermelho escuro, aromas de baunilha, coco (em razão das barricas que estagia), ameixa, geleia de framboesa e morango e na boca apresentam bem estruturados e com corpo alto.

Por ser um vinho potente harmoniza com pratos fortes, como o churrasco e a feijoada.

Não se encontra vinhos uruguaios de boa qualidade nas gôndolas dos supermachos, como encontramos vinhos chilenos e argentinos, mas também não é tão difícil encontra-los e os preços são razoáveis.

No dia em que chegamos a Montevideo a primeira coisa que fizemos foi almoçar. Entramos num restaurante chamado La Perdiz, especializado em parrilla e pedimos um assado, “short Ribs” que é um corte de costela bovina, um tipo de bife de costela assado na brasa. Descobrimos depois que o restaurante é um dos melhores de Montevideo. Pedi ao garçom uma indicação de vinho e ele sugeriu o Pisano, Tannat, 2017. Foi uma agradável surpresa. A carne estava sensacional e o vinho, bem tânico, combinou com o peso da gordura da costela. Começamos com o pé direito.

No dia seguinte conhecemos duas vinícolas, a Juniacó e a Bolza, mas isso é assunto para a próxima edição.

 

Conteúdo anteriorJosé Bechara
Próximo conteúdoEscritora adamantinense lança segundo livro neste sábado