A hegemonia do Democratas deve acabar a partir de 3 de abril, pelo menos na Câmara Municipal de Adamantina. A legenda, atualmente com cinco dos nove vereadores, deve perder duas cadeiras nesta janela partidária, iniciada quinta-feira (5).
O período definido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve dar indicações mais concretas do cenário para as eleições 2020. Com as definições das siglas, no caso de Adamantina envolvendo apenas os parlamentares, já que o prefeito Márcio Cardim deve assumir a presidência do partido, o DEM, os propensos candidatos devem dar indicações de quais linhas seguirão em julho, quando ocorrerão as convenções partidárias.
Acácio Rocha busca uma nova legenda para viabilizar a pré-candidatura a prefeito. Ao IMPACTO, o parlamentar disse que ainda não há nada definido. Porém, algumas opções são cogitadas nos bastidores, como o PL (Partido Liberal), liderado pelo também vereador Hélio José dos Santos, ou PSOL (Partido Socialismo e Liberdade).
Outra cadeira que o DEM deve perder é a do presidente da Casa de Leis, Eder Ruete. Com proximidade com a cúpula estadual do PV (Partido Verde), que tem à frente o deputado Reinaldo Alguz, o vereador deve optar pela legenda, o que tornaria o partido com mesmo número de assentos que o Democratas no Legislativo municipal – 3 cada.
Também nos bastidores a saída de Ruete é dada como certa, envolvendo outros nomes do partido. Mas, a possível movimentação não significa um racha do grupo liderado pelo prefeito Márcio Cardim, já que o presidente da Câmara é cogitado como o provável vice em uma dobradinha envolvendo DEM e PV. Tal acordo, se efetivado, não será inédito, pois aconteceu nas gestões Kiko Micheloni (DEM) e Beth Meirelles (PV).
Há, ainda, mesmo que para alguns articuladores distantes, a possibilidade de Eder Ruete ser cabeça de chapa para o Executivo municipal este ano.