Esta sexta-feira será inédita em todo o mundo, sem as tradições comemorações e marcos de 1º de maio, o Dia do Trabalho. Para muitos brasileiros, a data será também marcada pela apreensão em relação as consequências da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19, como o fechamento de empresas e demissões.
Em Adamantina, o novo coronavírus provoca a vulnerabilidade econômica de 78,65% dos 3.430 empreendimentos considerados de pequeno porte. Segundo levantamento do Sebrae, que avalia os dados da Receita Federal do Brasil em março, os setores de serviço e comércio são os mais afetados, o que vem sendo alertado pelas entidades de defesa das classes que buscam medidas mais efetivas para minimizar os impactos.
Os pequenos negócios mais vulneráveis à crise apontados pela pesquisa são de moda, atingindo 341 empresas, varejo tradicional (336), serviços de alimentação (326), beleza (241), e oficinas e peças automotivas (236), além da construção civil (480).
Os setores destes negócios são atingidos pela quarentena determinada pelo Estado e Prefeitura até 10 de maio. Tirando a construção civil, que teve uma flexibilização na prestação do serviço durante o período de isolamento, os demais segmentos estão há 40 dias sem poder trabalhar.
Recentemente, o presidente do Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato Patronal do Comércio Varejista), Sérgio Vanderlei, disse que “salvar vidas é também garantir emprego, renda e comida às famílias de nosso Município”.
Adamantina já registra dezenas demissões no comércio e em indústrias. “O fechamento de empresas e o desemprego em massa, com toda certeza, trará consequências graves como fome, desesperança, doenças diversas, aumento da violência, além de inúmeros outros problemas que poderíamos aqui citar e que chegarão de forma na porta do poder público”, alerta Sérgio Vanderlei. “É um Dia do Trabalho de reflexão, atitudes precisam ser tomadas visando resguardar os empregos de nossa cidade”, conclui.