A vida está quase voltando ao normal. Quase. A média de mortes estacionou no patamar das mil mortes diárias no Brasil e a cada dia ficamos sabendo de alguém conhecido ou publicamente conhecido que não resistiu ao vírus e partiu. Difícil ficar atento ao (tele)jornais. As notícias afetam o inconsciente, provoca angustia, ansiedade, depressão. Tudo isso baixa a resistência e aumenta todos os perigos. Está difícil.
Volta e meia tenho me visto nessa situação. Procuro ajuda (e encontro) na Arte e na Cultura. A pandemia nos trouxe isso de bom: cinemas, teatros, galerias, museus, passaram a disponibilizar sites e plataformas gratuitas ou cobrando taxas simbólicas, que trazem uma infinidade de programações antes acessíveis apenas no modo presencial. Isso, para quem está há 600 quilômetros do grande centro de cultura, que é São Paulo, é uma benção.
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Semana passada falei de sites de informação, de cinema e de cultura como o SESC, por exemplo. Essa semana as novidades continuam. A mais surpreendente delas: os Concertos da OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, estão sendo transmitidos ao vivo diretamente da (maravilhosa) Sala São Paulo. Mas fica também disponível no Youtube para quem quiser acessar depois. Interessante observar que a orquestra passa a ter uma configuração diferente com músicos distantes uns dos outros, a fim de cumprirem as leis de segurança recomendadas. A próxima live será no dia 25 de agosto às 19 hs. É só acessar: http://www.osesp.art.br/home.aspx.
Para quem gosta de cinema, o famoso Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo chega agora em sua 31º edição e esse ano está sendo realizado de forma on-line, chegando, portanto, a todo o país. Mas o bacana é que eles deixarão disponível na plataforma sete curtas clássicos e premiados – ótima oportunidade de ver ou rever porque curtas nem sempre são acessíveis- com o tema “Criativaidade em Tempos de Crise”. Entre eles: Ilha das Flores (Jorge Furtado), Cartão Vermelho (Lais Bodansky), Viver a Vida (Tata Amaral), Frankestein Punk (Cao Hamburguer e Eliana Fonseca), entre vários outros. O site é kinoforum.org.br
A literatura é também uma outra maneira maravilhosa de escapar da perseguição das trágicas notícias do dia a dia. Os livros on-line e áudio livros já fazem sucesso. Para quem nasceu e viveu na época das livrarias, às vezes os e-books nos parecem muito frios e sem personalidade. Mas para quem gosta de ler, é uma ótima opção. Principalmente porque já temos a maioria dos livros – inclusive os clássicos – disponíveis nesse formato. E para quem quer entender um pouco mais sobre a história do ocidente eu recomendo a trilogia do autor inglês Ken Follett que traz de forma romanceada os acontecimentos dos Séculos 19 e 20, chegando até a época da Perestroika, na Russia. Os títulos são “Queda de Gigantes”, “Inverno do Mundo” e “Eternidade por um Fio”. Uma série que a gente começa a ler e só termina na última linha do último livro.
E assim, trabalhando, produzindo, nos cuidando, vamos vencendo essa pandemia. Porque uma das soluções é deixar a angustia de lado e entrar no mundo maravilhosos do cinema, da música e literatura.