Os medos e aflições, o que inspira e motiva mulheres diagnosticadas com câncer, constam no e-book idealizado pelo Grupo SOnHe – Sasse, que promove o diagnóstico e o tratamento oncológico em Campinas. São 25 histórias compartilhadas na publicação, ‘Mulheres Verdadeiras’ – com ou sem câncer –que abriram seus corações e despiram suas almas em textos de vida real.
Um destes relatos é da adamantinense Elaine Cristina Valente. Ao IMPACTO, a farmacêutica contou como foi a participação no projeto, que faz parte da campanha do ‘Outubro Rosa’.
Todos os anos, o Grupo SOnHe – Sasse promove atividades visando alertar sobre a importância da prevenção contra o câncer. Em 2020, com a pandemia, o movimento criou uma campanha nas redes sociais, convidando mulheres a encaminharem suas histórias.
“Numa das fases do meu tratamento passei a ser cuidada pela Dra. Susana Ramalho, integrante desta equipe, e, através dessa relação médico-paciente, fui convidada pela diretora executiva do Grupo, Renata Deeke Sasse, a escrever um texto sobre meus medos, aflições, inspirações e motivações. Inicialmente imaginei que seria postado nas redes sociais do Grupo e fiquei surpresa, e muito feliz, em ver meu texto fazendo parte deste trabalho tão lindamente ilustrado e executado”, conta Elaine, que está com câncer de mama metastático e segue com um tratamento paliativo, que controla a evolução da doença.
Segundo a adamantinense, o propósito de compartilhar sua história foi para mostrar que a vida existe, “mesmo diante de um diagnóstico de uma doença grave incurável”. “Falar de esperança, da necessidade de desenvolvermos um novo olhar quando as coisas não acontecem como planejamos e que tudo pode ficar bem quando aprendemos a nos adaptar ao que a vida nos traz”.
Conforme consta no prefácio, o livro ‘Mulheres Verdadeiras’ pretende “ressignificar algumas mulheres, construir uma rede, que seja simples, on-line e, com as histórias, que possam ajudar umas as outras”. “Minha mensagem as mulheres, não só neste mês de conscientização sobre o câncer de mama, é que se conheçam para perceberem qualquer alteração em seus corpos, que não tenham medo de fazer os exames de rastreio porque, somente através deles, é possível ter um diagnóstico que, quando realizado precocemente, aumentam a chance de cura”, disse Elaine.
A adamantinense ressalta ainda a importância das redes de apoio, que acolhem, orientam e direcionam os seus integrantes.
“Participo ativamente da Casa Paliativa, um espaço físico, dentro da Casa do Cuidar, em São Paulo, mas que devido à pandemia iniciou seu trabalho no ambiente virtual, o que permitiu a minha participação. Esse grupo do Facebook é voltado para pacientes com doenças graves que ameacem a continuidade da vida, seus familiares e cuidadores. O trabalho desenvolvido ali é de ampliar o olhar dos seus integrantes para a vida que existe ao redor da doença. Temos aulas desde como manejar a dor, controlar a fadiga, até sobre Filosofia, além de existirem diversos projetos em andamento, incluindo também a produção de um livro com histórias de pacientes. Para os que vivem essa realidade, sintam-se convidados. Estaremos de braços abertos para recebê-los”, convida Elaine.
SAIBA MAIS
Para aqueles que se sentirem tocados e quiserem conhecer essas histórias, o E-book está disponível no site: www.sonhe.med.br/conteudo
