O Brasil enfrenta a maior seca em 91 anos, resultando em crise hídrica em parte do país. Diversas cidades já adotam medidas para evitar o desperdício de água, como também o racionamento no fornecimento. Tais ações são descartadas em alguns municípios da microrregião de Adamantina, que possuem o gerenciamento do serviço de água e esgoto pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Na terça-feira (24), a Prefeitura de Valinhos – região de Campinas – publicou um ‘Plano de Estiagem e Racionamento de Água’ na cidade, com proposta de rodízio de abastecimento entre os bairros e aplicação de multa para quem desperdiçar água.
O valor da autuação é de R$ 441,21, e as multas começaram a ser aplicadas nesta semana.
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Em São José do Rio Preto, o racionamento diário, das 13h às 20h, foi adotado pelo Semae (Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto) em 12 de maio, válido até então.
Bauru, Itu e Salto são outros municípios com medidas que limitam a oferta de água à população para lidar com a baixa dos reservatórios.
REGIÃO
Ao IMPACTO, a Sabesp informou que “não há risco de desabastecimento neste momento nas cidades de Adamantina, Lucélia, Osvaldo Cruz, Parapuã e Salmourão”. “Os recursos hídricos disponíveis na região garantem o abastecimento da população, mas a Companhia reforça a necessidade do uso consciente da água”, consta na nota.
A empresa ressalta que investe constantemente na manutenção e modernização dos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água e também realiza o acompanhamento e a gestão dos recursos hídricos disponíveis.
RINÓPOLIS
Outro município que não corre risco de desabastecimento é Rinópolis. A cidade possui serviço municipal de água e esgoto.
De acordo com a Prefeitura, a produção ainda é superior ao consumo dos munícipes, mas também recomenda o uso responsável dos recursos hídricos.
USO CONSCIENTE
De acordo com a Organização das Nações Unidas, cada pessoa necessita de 3,3 mil litros de água por mês (cerca de 110 litros de água por dia para atender às necessidades de consumo e higiene).
No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia.
Um pouco mais da metade da água é gasta no banheiro, em banhos, descargas ou outras utilizações. Para poupar recursos e dinheiro é fundamental economizar e adotar novos costumes.
“Pequenas mudanças de hábitos, como fechar a torneira ao escovar os dentes ou ao lavar as louças, tomar banhos mais curtos e não lavar calçadas com mangueiras já ajudam a evitar o desperdício, principalmente neste período de estiagem severa”, pede a Sabesp.
DICAS DE ECONOMIA
NO BANHO:
O banho deve ser rápido. Cinco minutos são suficientes para higienizar o corpo. A economia é ainda maior se, ao se ensaboar, você fechar o registro.
Banho de ducha por 15 minutos, com o registro meio aberto, consome 135 litros de água. Se você fechar o registro ao se ensaboar, e reduzir o tempo do banho para 5 minutos, seu consumo cai para 45 litros. A redução é de 90 litros de água, o equivalente a 360 copos de água com 250 ml.
No caso de banho com chuveiro elétrico, também em 15 minutos e com o registro meio aberto, são gastos 45 litros e 15 litros, respectivamente. A redução é de 30 litros de água
AO ESCOVAR OS DENTES:
Se uma pessoa escova os dentes em 5 minutos com a torneira não muito aberta, gasta 12 litros de água. No entanto, se molhar a escova e fechar a torneira enquanto escova os dentes e, ainda, enxaguar a boca com um copo de água, consegue economizar mais de 11,5 litros de água
AO LAVAR O ROSTO:
Ao lavar o rosto em 1 minuto, com a torneira meio aberta, uma pessoa gasta 2,5 litros de água. A dica é não demorar!
O mesmo vale para o barbear: em 5 minutos gastam-se 12 litros de água. Com economia, o consumo cai para 2 a 3 litros. A redução é de 10 litros de água, suficiente para manter-se hidratado por pelo menos 5 dias!
AO DAR DESCARGA:
O vaso sanitário não deve ser usado como lixeira ou cinzeiro e nunca deve ser utilizado à toa, pois gasta muita água. Deve-se também evitar jogar papel higiênico no vaso sanitário, tanto para evitar uma demanda maior de água, como para evitar entupimentos.
Um vaso sanitário com válvula e tempo de acionamento de 6 segundos gasta cerca de 12 litros. Quando a válvula está defeituosa, pode chegar a gastar até 30 litros. Por esta razão, deve-se manter a válvula da descarga sempre regulada, consertando-se os vazamentos assim que forem notados.
Alternativas ecológicas
Desde 2001 há à venda no mercado vasos sanitários que gastam apenas 6 litros por descarga, e vasos sanitários com caixas acopladas que gastam entre 3 e 6 litros por descarga, dependendo da finalidade de sua utilização.
Sempre que possível, deve-se substituir os vasos sanitários antigos pelos atuais, muito mais econômicos. O valor gasto na substituição é compensado pela redução do consumo e, consequentemente, da conta de água. Por Sabesp