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terça-feira, 19 agosto, 2025

Super Mario Bros (2023)

Gustavo Adamo Marques De Pietro, 20 anos, 3º Ano de História na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Neste texto, vou abordar o filme Super Mario Bros (2023).

O filme Super Mario Bros, baseado na famosa franquia de videogames da Nintendo, estreou nos cinemas dia 05/04 (quarta-feira) com a promessa de ser uma aventura divertida e nostálgica para os fãs dos irmãos encanadores mais queridos do mundo. Produzido em forma de animação pela Illumination (estúdio responsável por sucessos como: Minions e Meu Malvado Favorito), o filme se diferencia de seu homônimo grotesco lançado 30 anos atrás, justamente por utilizar a animação como forma de contar a história dos dois Encanadores.

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Optar pela animação desta vez permite ao estúdio aproveitar com muito mais proficiência o material base oferecido pela Nintendo. Esse estilo de representação possibilita uma história bem lúdica, de forma que quando nos aparece uma pitada de realismo somos pegos desprevenidos. Tudo é muito bem organizado dentro da tela, com cores vivas e uma estética aventuresca que é marca registrada da franquia.

Foto: Divulgação

O roteiro do filme segue a trama dos irmãos: Mario (Raphael Rossatto) e Luigi (Manolo Rey) são dois irmãos que trabalham como encanadores em Nova York e acabam sendo separados quando encontram um portal, enquanto o Mario vai para O Reino dos Cogumelos, seu irmão Luigi acaba sendo transportado para o mundo das Trevas sendo mantido refém pelo vilão Bowser (Marcio Dondi). Mario, separado de seu irmão, une forças com a princesa Peach (Carina Eiras) para resgatar seu irmão e impedir a expansão do império do vilão.

Em primeira análise o ritmo do filme pode ser acelerado, mas não chega a ser um defeito ou algo que possa atrapalhar a experiência do espectador. Uma vez que é um universo inteiro a se apresentar, e com esperança de uma continuação, um ritmo mais rápido se deve há uma limitação do tempo de tela. Dentro dessa limitação há o argumento de falta de aprofundamento dos personagens da trama, argumento esse que eu não corroboro, a franquia de jogos está aí faz mais de 40 anos, com assuntos e histórias que o público está careca de conhecer, então o ritmo frenético não só faz sentido, como é a melhor opção para essa adaptação.

Ao assistir ao filme, você entende que o que foi construído não foi uma homenagem aos jogos clássicos da Nintendo, mas sim uma experiência nova dentro do universo de Super Mario, o filme consegue traduzir a experiência dos jogos da franquia de forma pioneira dentro das adaptações de jogos para filmes. O principal fator que ajuda nessa transposição de experiência é justamente a construção do filme, que simula a experiência de aprendizado, como se estivéssemos jogando Super Mario World no antigo console SNES. É claro que as várias referências visuais e sonoras que remetem aos cenários, às músicas e aos elementos icônicos da franquia ajudam na construção desse sentimento. Mas o maior destaque, tirando a construção visual, vai para a Dublagem Brasileira, que se destaca em relação a Dublagem Estadunidense no quesito de transmitir o carisma dos personagens em tela.

O filme Super Mario Bros é uma ótima recomendação para passatempo em família, contemplando o Pai que jogou na década de 90 até o filho que está jogando pela primeira vez agora. E para os amantes do cinema em geral, ele é um ótimo exemplo de como se adaptar um jogo. O filme é uma prova de que a sensação de jogar pode ser transmitida através das telonas do cinema.

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