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quinta-feira, 3 julho, 2025

Formada por 22 cidades, Nova Alta Paulista atinge 307.051 habitantes

A Nova Alta Paulista está estagnada, pelo menos na questão habitacional. Em 12 anos, os 22 municípios registraram aumento de apenas 7.618 habitantes, sendo que nove cidades tiveram queda populacional.

Os dados são do Censo 2022, divulgados na quarta-feira (28), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Conforme o órgão federal, a região passou de 299.433 moradores, em 2010, para 307.051.

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O atual presidente da Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista), prefeito de Adamantina Márcio Cardim, considerou baixo o crescimento.

“O Oeste paulista, principalmente a Nova Alta Paulista, é uma das regiões que menos tem crescido no Estado, isso envolve todas as cidades. Todas elas tiveram crescimento baixo, em função até mesmo de baixa aplicação de recursos, de programas e políticas públicas, que possam trazer um desenvolvimento maior para essa região”, pontuou.

Confira a entrevista ao IMPACTO:

IMPACTO: Se considerar as cidades que tiveram crescimento, a maioria possui novas unidades prisionais, o que proporciona um aumento da população. Ou seja, o crescimento populacional é ainda menor, se não considerar esta população. Como avalia tal cenário?

Márcio Cardim:  Essas unidades prisionais acabam contabilizando o número da população, isso faz com que os municípios que possuam essas unidades tenham um acréscimo. No caso de Adamantina, não temos unidades prisionais, então acaba não computando essa população.

É claro que a nossa região carece de apoio do Estado, de um programa efetivo para trazer desenvolvimento.

Acredito que agora, com a duplicação da SP-294 [rodovia Comandante João Ribeiro de Barros] e reativação da linha férrea para cargas, tenhamos uma logística melhor e, com isso, atrair empresas e promover mais geração de emprego e renda para essa região.

Márcio Cardim, prefeito de Adamantina | Foto: Divulgação

IMPACTO: O que a Amnap tem feito para melhorar a situação?

Márcio Cardim:  A Amnap trabalha com uma frente política, levando as principais questões para o Governo do Estado, como a própria duplicação da rodovia SP-294, que é uma conquista, apesar dela ser concessionada, que a Amnap vem há anos batalhando. A própria ponte de ligação com o Mato Grosso em Paulicéia foi uma conquista de longos anos que a Amnap trabalhou nessa frente. A retomada da ferrovia foi outra conquista importante e irá trazer desenvolvimento para nossa região.

A Amnap apresentou recentemente um projeto que se chama “Nova Alta Paulista do Futuro” para que o governo do estado de São Paulo crie políticas públicas e coloque investimento em programas que venham favorecer todos os municípios aqui da Nova Alta Paulista, principalmente na área do agronegócio.

Na área da saúde, onde precisamos de uma melhora, com a regionalização, esse processo já se iniciou. Desta forma, a existência da Amnap como instituição política é fundamental para ser ouvida, e ela tem mais peso quando congrega mais de 20 municípios. É diferente um município individualmente fazer um pleito em vista da Amnap, que envolve toda uma região, isso tem mais peso. Nós estamos agora aguardando que o governo do estado de São Paulo venha efetivamente dar início ao projeto “Nova Alta Paulista do Futuro”, que visa desenvolver nossa região.

IMPACTO: Crescimento populacional está atrelado ao desenvolvimento da região?

Márcio Cardim: Existe uma correlação direta, quando você tem uma região que têm indústrias, têm emprego, atrai uma população maior, porque precisa de gente pra trabalhar, pra poder dar conta dos serviços que são oferecidos.

Agora, uma região pode não ter um crescimento populacional e ter um índice de desenvolvimento muito bom, mas isso é mais difícil.

Entendo que a atração de novas empresas, novos negócios, no estado de São Paulo, no Brasil, é o que geralmente acontece, o crescimento de uma cidade em termos populacionais depende da implantação de indústria e oferta de serviços à população.

 

POPULAÇÃO RESIDENTE NA NOVA ALTA PAULISTA
CIDADE CENSO 2010 CENSO 2022 VARIAÇÃO/HAB.
Dracena 43.258 45.474 2.216
Adamantina 33.797 34.687 890
Osvaldo Cruz 30.917 31.272 355
Junqueirópolis 18.726 20.448 1.722
Lucélia 19.882 20.061 179
Tupi Paulista 14.269 15.854 1.585
Panorama 14.583 14.964 381
Pacaembu 13.226 14.877 1.651
Flórida Paulista 12.848 12.958 110
Parapuã 10.844 10.580 -264
Rinópolis 9.935 9.259 -676
Paulicéia 6.339 7.955 1.616
Ouro Verde 7.800 7.779 -21
Irapuru 7.789 5.938 -1.851
Salmourão 4.818 4.808 -10
Inúbia Paulista 3.630 3.615 -15
Mariápolis 3.916 3.513 -403
Santa Mercedes 2.831 2.956 125
Pracinha 2.858 2.578 -280
Sagres 2.395 2.474 79
São João do Pau D’Alho 2.103 2.242 139
Flora Rica 1.752 1.487 -265

 

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