A Central de Tratamento e Destinação de Resíduos Sólidos (CTDR), conhecido antigamente por aterro sanitário, continua sendo construído no bairro Aidelândia, na zona rural de Adamantina, em uma área equivalente a 53 alqueires, com vida útil de aproximadamente 50 anos.
Sob responsabilidade da empresa Nova Paulista Ambiental, o empreendimento continua sendo adequado conforme prevê a legislação ambiental, com previsão para início de operação a partir da segunda quinzena de próximo mês de setembro, quando passará a receber os primeiros resíduos, dependendo ainda da Licença de Operação (LO) que deverá ser emitida pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).
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No entanto, o início da operação não significa que a CTDR estará 100% concluída, pois o trabalho é desenvolvido em etapas e continuarão sendo realizados, permitindo o recebimento de vários tipos de resíduos no futuro, onde cada etapa também depende de autorização da Cetesb.
Além de Adamantina, a CTDR poderá atender vários outros municípios da região, entre eles, Panorama, Santa Mercedes, Paulicéia, Tupi Paulista, Dracena, Junqueirópolis, Irapuru, Pacaembu, Flórida Paulista, Flora Rica, Mariápolis, Lucélia, Inúbia Paulista, Pracinha, Osvaldo Cruz, Sagres, Salmourão, Parapuã, Rinópolis, Iacri, Bastos, Tupã, Herculândia, Quintana, Valparaíso, Mirandópolis, Lavínia, Bento de Abreu, Rubiácea, Nova Independência, São João do Pau D’Alho, Monte Castelo, Nova Guataporanga, Ouro Verde, Andradina, Castilho, Guaraçaí, Bilac, Guararapes, Murutinga do Sul, Arco-Íris, Clementina, Gabriel Monteiro, Luiziânia, Piacatu, Queiroz, Santópolis do Aguapeí, Presidente Prudente e até Marília.
Para atender todas essas cidades, a estimativa é que a CTDR receba 634,5 tonelada de resíduos por dia.
Em contato com a reportagem do DIÁRIO, os profissionais da empresa Nova Paulista Ambiental, Eresvaldo Vicente Pereira e José Claudio Padiar, explicaram que a área em que está sendo construída a CTDR foi adquirida na administração do ex-prefeito Ivo Santos e seu sucessor, o atual prefeito Márcio Cardim, tem dado todo o suporte necessário na continuidade dos trabalhos que conta também com o apoio dos vereadores.
Os profissionais ressaltam ainda que a CTDR tem sido construída com o que há de mais moderno neste tipo de empreendimento. Ao chegar na CTDR, os caminhões de lixo passarão por uma balança que é certificada e avaliada com frequência pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), onde será verificado a cidade de origem, o tipo e a quantidade de resíduos.
Em seguida, os resíduos são levados para o setor destinado à decomposição do lixo, que foi totalmente preparado para evitar a contaminação do solo, passando por um processo de impermeabilização composto por várias etapas, sendo a primeira, a compactação do solo. Em seguida, são instalados 60 cm de argila com bentonita. Sobre esta camada, é instalada a manta de PEAD (Polietileno de Alta Densidade) em material desenvolvido para impermeabilização de projetos ambientais, permitindo a contenção de resíduos perigosos e a preservação do lençol freático, assim como a proteção do solo.
Em muitos empreendimentos deste tipo, a manta instalada possui espessura de 2 mm (milímetros). Porém, a CTDR de Adamantina está recebendo uma manta ainda mais reforçada, com espessura diferenciada de 2,5 mm.
A manta de PEAD, muitas vezes, é confundida com um simples plástico preto, porém, ela é composta por um material muito mais resistente. Para a proteger a manta de PEAD é instalada outra manta, a Geotextil e sobre essa nova manta, é instalada uma camada de pedra britada, que visa drenar o líquido dos resíduos, denominado chorume. Para proteger essa camada de dreno, é instalada outra manta Geotextil. E, somente após todas essas camadas vêm os resíduos (lixos) que são compactados e a cada 5 metros de resíduos, realiza-se a drenagem para evitar mau cheiro e a presença de aves.
Esse processo de decomposição do lixo gera o chorume, uma substância resultante do processo de apodrecimento de matérias orgânicas, que será captado através de sistema de bombeamento e levado para tratamento. Além do chorume, a decomposição do lixo gera vários gases, que também serão coletado e utilizados para geração de energia.
Assim que entrar em operação, a CTDR deve gerar mais de 100 empregos e renda para Adamantina, além de solucionar um problema enfrentado pelos municípios da região que não possuem suporte financeiro necessário para construir um empreendimento deste porte em suas cidades.
Do Jornal Diário do Oeste