Um dos grandes problemas de saúde pública atualmente, a obesidade traz consequências desastrosas. “Ser obeso é um fator de risco para diversas outras doenças, como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, entre outras”, alerta a nutróloga Ana Carolina Natera Passoni.
Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, o diagnóstico é possível pelo cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal) – que é o peso dividido pela altura ao quadrado. Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30.
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As causas da obesidade são diversas. Pode ser desde fatores genéticos e maus hábitos alimentares até disfunções hormonais. Por isso, a necessidade de um acompanhamento médico especializado.
“Primeiro passo e mais importante é a detecção da doença, que pode ser realizada através de uma simples consulta médica de rotina associada a um exame físico detalhado: avaliação de medidas, peso, IMC e alguns exames laboratoriais”, explica Ana Carolina, que completa: “A partir desse instante conseguimos avaliar quais os riscos encontrados e possíveis doenças já instaladas”.
Após o diagnóstico, o próximo passo só depende do paciente. “Para emagrecimento, recomendo uma dieta já muito estudada e utilizada há bastante tempo com eficácia comprovada como terapia adjuvante na epilepsia refratária em crianças, que é a dieta cetogênica ou estratégia nutricional cetogênica. Nos últimos anos tornou-se a ‘queridinha’ de algumas pessoas por apresentar bons resultados na perda de massa gorda corporal”, afirma.
A dieta, conforme a profissional, consiste basicamente na alta restrição de carboidratos e no aumento do consumo de gorduras boas, além do consumo adequado de proteínas. “O seu princípio bioquímico se baseia no fato de que havendo uma grande restrição de carboidratos, haverá, consequentemente, um esgotamento das fontes energéticas de açúcares, fazendo com que o organismo comece a utilizar a gordura como fonte de energia (beta-oxidação), com a formação de corpos cetônicos ou cetonas”, explica. “As cetonas são compostas altamente energéticos, possuem efeito neuroprotetor, além de atuarem na modulação da resposta imune e inflamatória e no aumento da saciedade”, diz Ana Carolina.
Além da obesidade, a dieta pode ser aplicada em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, esteatose hepática não alcoólica, Síndrome Ovário Policístico, Insuficiência Cardíaca, Alzheimer e em alguns erros inatos do metabolismo. “Não é uma dieta de fácil aderência e não é isenta de riscos, portanto, deve ser muito bem indicada e acompanhada por um profissional habilitado. Por isso procure um médico nutrólogo e/ou nutricionista”, enfatiza.
Serviço
A nutróloga Ana Carolina Natera Passoni atende em Adamantina na Clínica Vitalize, que fica na avenida Rio Branco, 193 – centro. Telefone: (18) 3522-1074. E, em Marília, na Clínica Marcela Muller, na rua Juvêncio Ribeiro dos Santos, 14, bairro Cristo Rei. Telefone: (14) 9 9815-0808.