A Dolcetto é uma uva cultivada no Piemonte, região norte da Itália, que significa “docinho” e que produz vinhos do mesmo nome.
Mas não pense que esse vinho é doce no sentido dos vinhos de mesa “suaves” que conhecemos por aqui.
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Na verdade, os vinhos Dolcetto são secos, com presença de taninos e acidez moderada, contudo apresentam textura suave e macia, o que os tornam fáceis de beber. Como o Piemonte produz outros vinhos famosos, como o Barbaresco e o Barolo, muito mais encorpados, é que esse vinho ficou conhecido como “docinho”. É o principal vinho consumido no dia a dia dos moradores do Piemonte.
Os Dolcettos geralmente apresentam corpo leve ou médio, são frescos, vivazes, frutados, bem por isso são comparados ao Beaujolais francês.
Fazem bom par com massas, pizzas, frios e risotos.
Há poucos dias, quando estava aquele calorzão, resolvi fazer um churrasco e decidi harmonizar com um vinho mais leve. O Dolcetto caiu como uma luva, refrescando o paladar e limpando a gordura da carne deixada na boca.
O vinho que escolhi foi o RICOSSA DOLCETTO D’ASTI, com 13% de volume de álcool, um vinho com aromas de frutas vermelhas, de corpo médio, acidez equilibrada, com taninos presentes, porém sedosos e com bom retrogosto. Um vinho de preço bem razoável pelo que entrega, R$ 79,90 no site da Grand Cru.
Já harmonizei outros Dolcettos com massa, como por exemplo, com espaguete ao suco e a combinação ficou perfeita.
Apesar de não ser um vinho fácil de se encontrar em supermercados, creio que o Dolcetto é uma boa pedida para quem quer começar a tomar vinho seco, por ser ele um vinho delicado, sedoso, elegante e não muito tânico.
Há várias regiões no Piemonte que produzem o Dolcetto (DOC) e essa informação aparece no rótulo dos vinhos após a palavra Dolcetto. Procure por Dolcetto d’Alba, Dolcetto d’Asti ou Dolcetto di Dogliani, que são as regiões mais afamadas.
Para quem já gosta de vinho seco é uma opção muito boa para os dias quentes, quando o desejo é degustar algo mais leve, frutado e refrescante.