Desde 1º de julho, o lixo produzido pela população de Adamantina é encaminhado para aterro privado em Quatá (SP) – distante cerca de 110 quilômetros. O motivo, segundo a Administração Municipal, é o término do prazo para utilização do aterro sanitário da cidade, determinado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
O problema com a destinação dos resíduos é um dos principais entraves enfrentados pela gestão Márcio Cardim (DEM). Inaugurado em 2002, o aterro sanitário de Adamantina teve o período de uso abreviado devido falhas na metodologia de operação e por baixo aproveitamento de materiais recicláveis.
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Em fevereiro deste ano a Administração Municipal conseguiu a prorrogação de prazo para utilizar o local por mais 120 dias, finalizado em 29 de junho. Agora, como não conseguiu efetivar a sobrevida do espaço, o lixo é encaminhado para aterro privado no município de Quatá.
De acordo com a Administração Municipal, o valor do serviço é de R$ 132/por tonelada. “A Prefeitura está transportando em média 25 toneladas por dia, de segunda a sábado. O gasto tem sido de R$72.500/mês e, durante seis meses, resultará em R$ 435 mil. Devido a esse impacto financeiro, a Administração precisará reprogramar as ações que desenvolverá no Município”, pontua nota da Prefeitura.
A licitação para encaminhar apenas os resíduos sólidos orgânicos para outra cidade foi feita pelo prazo de seis meses. Já os resíduos sólidos recicláveis são triados e comercializados pela usina de lixo municipal.
“Ao final desse tempo, uma nova licitação será feita. A expectativa é que o valor gasto diminua tendo em vista que está em construção no bairro Aidelândia, em Adamantina, um aterro sanitário privado e caso a empresa privada vença a licitação, a destinação dos resíduos ficará mais próxima e a tendência é que o gasto diminua”, pontua.
Prefeitura pede apoio da população para separar recicláveis
A população de Adamantina gera em média 35 toneladas de lixo por dia. O levantamento é baseado na média nacional que prevê uma quantidade de 800 gramas a 1.200 gramas de resíduo por habitante.
Com a destinação dos resíduos sólidos orgânicos para aterro privado no município de Quatá, a Prefeitura pede a colaboração da comunidade para a separação do lixo, o que pode resultar na diminuição do gasto estimado em R$ 435 mil, em seis meses.
Desde 2017, a Administração Municipal desenvolve o ‘Lixo Bom’. O Programa consiste na separação e disposição correta dos resíduos recicláveis. Para facilitar o recolhimento dos resíduos recicláveis, a Prefeitura dividiu a cidade em seis setores e semanalmente a coleta é executada.
“A Prefeitura de Adamantina pede que a população participe ativamente do programa ‘Lixo Bom’. Além de diminuir os gastos com o transporte dos resíduos recicláveis misturados com resíduos orgânicos, a separação adequada gera renda e traz benefícios para o meio ambiente. A separação e destinação correta são fundamentais ainda para a saúde de todos os moradores da cidade, pois evita a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, escorpiões e outros animais que perturbam a segurança das famílias”, orienta a Administração Municipal.