A situação da dengue em Adamantina vem trazendo preocupação para comunidade local, e também às autoridades. Na sessão ordinária de segunda-feira (6), o presidente da Câmara, Éder Ruete (DEM), apresentou pelo menos duas indicações sobre o estado crítico.
Também, nesta semana, a Prefeitura informou a 313ª confirmação da doença de janeiro até agora, além de 674 casos suspeitos.
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INDICAÇÕES
Na indicação nº 252/19, o parlamentar pede a ampliação do atendimento dos pacientes com suspeitas de dengue nos postos de saúde do Município. “Pelo menos neste período crítico, que a Prefeitura amplie o horário de atendimento das unidades básicas de saúde para não sobrecarregar o pronto socorro. O pronto atendimento vem atendendo boa parte dos casos da doença’, pontua Éder Ruete.
Outra reivindicação, bastante reiterada no ano passado, quando a quantidade de casos foi bem inferior, é referente a limpeza dos espaços públicos. Na indicação nº 255/19, o vereador solicita que a Secretaria de Meio Ambiente recolha o lixo e entulho das áreas verdes e passeios públicos.
“Mesmo com o crescente número de casos de dengue vemos em diversos pontos da cidade entulho acumulado, e o que mais me preocupa é que parte destas áreas é de responsabilidade da Prefeitura”, disse. “Claro, que a população tem que colaborar, mas a situação poderia estar melhor se houvesse uma atuação mais eficaz da gestão municipal”, complementa.
FALTA DE INSETICIDA
E para piorar a situação, a Prefeitura informou nesta semana a falta de inseticida para realizar a nebulização das áreas com casos de dengue.
A Secretaria de Saúde explica que foi informada pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) que a situação se repete em todo o estado de São Paulo. Conforme o órgão estadual, um novo posicionamento será dado aos municípios nesta sexta-feira (10).
O secretário de Saúde, Gustavo Taniguchi Rufino, informou que o Município não pode adquirir o inseticida por conta própria, pois o produto é importado e a compra é realizada pelo Ministério de Saúde, que repassa aos estados e, em seguida, as cidades conforme a quantidade de casos confirmados.
NENHUMA MULTA
Desde março, uma lei regulamenta a aplicação de multa os proprietários de imóveis urbanos e rurais que possibilitem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, inseto responsável pela transmissão da dengue.
Porém, até o momento, a Administração Municipal disse que não foi necessária aplicação da medida.
“Sejam em propriedades particulares, estabelecimentos empresariais, comerciais, industriais ou prédios públicos, o primeiro procedimento é a eliminação imediata do criadouro. Caso isso não seja possível, é feita a advertência com prazo de 24 horas para a eliminação do criadouro ou correção do problema que esteja causando o acúmulo de água que propicia o desenvolvimento das larvas”, informou ao IMPACTO.
Findado o prazo de 24 horas é realizada uma nova vistoria pela equipe da Prefeitura. Caso não haja a correção do problema haverá aplicação de auto de infração e, posterior ao prazo de defesa do autuado, é executada a multa.
“Até a presente data não houve denúncias que precisassem evoluir para auto de infração ou execução de multa, sendo os problemas sanados no momento da vistoria em propriedades particulares, estabelecimentos empresariais, comerciais, industriais ou prédios públicos”, diz a nota.
OUTRO LADO
Questionada pelo IMPACTO, a Prefeitura informou ainda que o principal problema que vem enfrentando é a falta de cidadania da comunidade.
“O departamento de Controle de Vetores tem enfrentado como principal dificuldade a falta de conscientização da população, pois a mesma tem jogado lixo nos terrenos particulares e públicos e isso tem contribuído para a proliferação do mosquito”.
Sobre o atendimento, questionado pelo presidente da Câmara, a gestão Márcio Cardim (DEM) disse que “os atendimentos dos casos de dengue estão sendo realizados em todos os postos de saúde do Município de maneira prioritária, além da Santa Casa”.
“Os primeiros casos que recebem atendimento dos médicos e das equipes das UBS são os da dengue. Caso seja observada a necessidade de soroterapia, o procedimento acontece de forma imediata na UBS que a pessoa foi atendida. Além do atendimento, as UBS estão acompanhando os casos”.