Ainda é cedo para que o quadro de pretendentes a comandar a Prefeitura de Adamantina seja considerado definitivo. Mas, nos bastidores, começam a surgir os primeiros nomes de interessados em concorrer no pleito do ano que vem.
Também, neste período, os partidos iniciam sua estruturação visando à disputa eleitoral de 2020. No PSDB, o foco é o fortalecimento da legenda na cidade com a busca de novos componentes. Atualmente o partido tem mais de 400 filiados, sendo um dos maiores de Adamantina.
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Como no cenário estadual, onde há anos o PSDB faz dobradinha com o Democratas, o membro da Executiva municipal Kleber Bragato não descarta a possibilidade de apoiar uma possível reeleição de Márcio Cardim (DEM), caso o prefeito tome a decisão de buscar mais quatro anos de gestão. Porém, afirma que a orientação do Diretório Estadual é que o partido lance candidatura majoritária própria na maioria dos municípios.
Acompanhado pelo presidente da legenda em Adamantina, Rildo José de Souza Araújo, o tucano concedeu entrevista ao IMPACTO sobre as movimentações políticas. Mas, ainda é cauteloso sobre as projeções de 2020.
FORLATALECIMENTO DO PARTIDO
Antes
da formação de alianças, os partidos se articulam no sentido de se fortalecerem
para a disputa eleitoral, já que a grande novidade das eleições municipais do
ano que vem é o fim das coligações partidárias para o cargo de vereador.
A emenda que pôs um fim nas coligações partidárias em eleições proporcionais,
ou seja, para os cargos de vereador, deputado estadual e deputado federal, foi
aprovada pelo Senado no final de 2017. À época também ficou decidido que a
medida entraria em vigor em eleições municipais, no caso as de 2020.
A mudança fez parte da reforma política que também criou a cláusula de
barreira, ou cláusula de desempenho, que já vigorou nas eleições majoritárias
do ano passado e estabeleceu regras mais duras para que os partidos tenham
acesso ao fundo eleitoral e ao tempo de propaganda política no rádio e na
TV.
Neste sentido, o PSDB local vem trabalhando em busca de novos nomes para a legenda. “Vamos trabalhar para apresentar uma chapa de vereadores. É uma exigência da lei que não haverá mais coligações proporcionais, cada partido terá que ter uma chapa pura em nível de Legislativo, no caso de Adamantina com 13 ou 14 candidatos. E estamos nos organizando para isso, convidamos pessoas, conversando com novas lideranças que pensam em participar da política. Nós sempre fomos de estimular, de ter novas alternativas”, pontua Bragato.
Atualmente o partido não ocupa nenhuma cadeira na Câmara Municipal. Na última eleição, quando ainda era possível, fez coligação com diversas legendas que elegeram o vereador Hélio José dos Santos (PR).
POSSÍVEL APOIO A CARDIM
Ainda sem um nome para concorrer ao comando do Executivo, existe a possibilidade do PSDB apoiar novamente Márcio Cardim, como ocorreu em 2016. Na eleição anterior a legenda elegeu Ivo Santos e José Eduardo Barbosa Pacheco, como prefeito e vice de Adamantina.
“Até o momento não há um nome para candidato a prefeito, mas o partido está aberto a ouvir as pessoas, os segmentos com propostas para a cidade. Temos uma relação diplomática, um bom relacionamento com o Executivo municipal. Até por força da coligação no Governo do Estado João Doria, governador do PSDB, e Rodrigo Garcia, vice do DEM, há um entrosamento natural das ações do Município com o Estado. Então este relacionamento é bom com administração municipal”.
Bragato também avalia positivamente a gestão Cardim. “É uma linha diferente de administração, uma conduta diferente, prezada pela responsabilidade com o dinheiro público, algo muito debatido em todo o país, já que tivemos uma afronta no cenário nacional. Houve avanços, mas também ainda existem demandas. Acredito que possa mostrar muita coisa para comunidade, neste próximo um ano e meio, que será frutífero até por força das ações que foram realizadas pela administração e que agora realmente vão brotar, nas áreas da educação, saúde e infraestrutura. É claro, problemas, dificuldades e deficiências existem, e são obvias. Com o PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro descendo, o que reflete na economia municipal, as gestões tiveram que se adequar a essa realidade”, pondera o tucano.
Sobre a possibilidade de Márcio Cardim buscar a reeleição, Bragato também avalia a situação como algo natural. “Se fizer uma análise regional, a grande maioria dos prefeitos será candidato à reeleição. Por isso vejo com naturalidade. Márcio tem até um desempenho positivo e isso envolve não apenas a figura do prefeito, mas também da administração”, se posiciona. “É um quadro indefinido, mantemos uma boa relação com a gestão Márcio Cardim. E se o prefeito tentar uma reeleição, existe a possibilidade de o partido apoiá-lo”, finaliza.