As lojas do varejo venderam 1% a mais em julho na comparação com junho e 4,3% na comparação com julho de 2018. A alta foi puxada principalmente pelos supermercados e é comemorada no meio de tantas notícias negativas no setor econômico brasileiro.
“A alta pode ser um indício de reação da nossa economia”, ressalta o presidente do Sincomercio Nova Alta Paulista, Sérgio Vanderlei. “Com a intensificação do consumo o volume de vendas já é 1,6% maior em 12 meses”.
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Esse desempenho é explicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) graças a evolução do mercado de trabalho, que mesmo lento, tem apresentado números positivos gradualmente. No trimestre terminado em julho, segundo o próprio IBGE, 1,2 milhão de pessoas entraram no mercado de trabalho. Mesmo assim ainda há 12,6 milhões de pessoas desempregadas, 11,8% da força do trabalho.
Outro ponto que ajudou no desempenho positivo do varejo é a melhor nas condições de créditos. O financiamento ajuda principalmente setores como de veículos, motos e construção civil.
Essas notícias são vistas com cautela por economistas e especialistas no assunto. Paralelo ao bom desempenho do comércio, a indústria fechou julho 0,3% menor na comparação com junho e 2,5% inferior a um ano antes.
Um novo corte na taxa básica de juros deve ser anunciado na próxima semana pelo Banco Central. Somado aos primeiros saques do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) devem dar novo ânimo aos consumidores brasileiros.