Olá passageiros, prontos para mais uma aventura?
Na última semana tive a honra de conhecer um lugar que sonhava faz muito tempo e sempre algo acontecia para mudar o destino, cancelar a viagem, mas o desejo sempre esteve ali, guardadinho. Até que num final de semana de janeiro recebi um comunicado falando de tarifas promocionais, os olhos brilharam e disse finalmente: EU VOU PARA FERNANDO DE NORONHA!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Sim, com certeza você já ouviu falar que é maravilhoso, e é mesmo, ponto! Que você paga um valor para se manter na Ilha, sim você paga e sinceramente quando está lá e vê o trabalho que é feito, entende e concorda com a taxa. E sim, é caro ficar lá, porém a minha função aqui é sempre tentar dar dicas primeiro em como você planejar a sua viagem e com isso reduzir custos e se possível amenizar seus gastos por lá.
Entendendo um pouco mais sobre Fernando de Noronha: o arquipélago é formado pela ilha principal e mais 20 ilhotas, rochedos e lajeados, sendo que a única ilha habitada é Fernando de Noronha com cerca de 2.600 moradores.
O arquipélago é dividido entre Área de Preservação Ambiental (APA) e Parque Nacional Marinho (PARNAMAR), possui clima tropical e vegetação predominantemente composta por espécies típicas do agreste nordestino. Constitui habitat privilegiadamente conservado, de uma incrível variedade de espécies marinhas, como tartarugas, golfinhos, peixes, crustáceos e corais. E para isso tudo ser, mantido viajantes, entendeu por que pagamos as taxas?
:: As taxas de visitação
:: Taxa de preservação ambiental
Todo visitante deve pagar a TPA, ou taxa de preservação ambiental. O valor é cobrado por dia de permanência e deve ser pago na chegada a Noronha (ou antes, baixando o boleto bancário). Na tabela de 2019, a taxa começa em R$ 73,52 por dia. Numa viagem de 5 dias, você vai pagar R$ 361,71 de TPA.
Do 6º ao 10º dia a taxa diária baixa um tiquinho. Ficar 7 dias em Noronha gera uma TPA de R$ 467,59.
Na página oficial você consegue calcular seus dias: http://www.noronha.pe.gov.br/turPreservacao.php
No desembarque, há duas filas: uma para quem já pagou a taxa pela internet e outra para quem vai pagar na hora.
INGRESSO PARA PARQUE NACIONAL
Desde 2012 é preciso comprar um ingresso para visitar as áreas do parque nacional marinho, por terra ou mar. É ‘a outra taxa’.
A cobrança passou a ser feita depois que a visitação ao parque foi entregue a uma concessionária, por licitação. Ao contrário da TPA, que a gente não vê para onde vai (dada a precariedade da infra-estrutura da ilha), a receita dos ingressos têm revertido em melhorias. O acesso ao parque está muito mais organizado. Passarelas (de ‘madeira ecológica’ feita de PETs reciclados), banheiros, armários, chuveiros (e lojinhas…) foram instalados nos pontos de visitação.
O ingresso tem outras duas diferenças fundamentais em relação à TPA:
:: Teoricamente, não é obrigatório. Você pode visitar a ilha sem comprar o ingresso. Mas vai ficar impedido de entrar na área do parque (praias do Sancho,Leão, Sueste e Atalaia; mirante do Sancho, Baía dos Porcos e dos Golfinhos, passeios de barcos e trilhas. Preciso dizer que essas são as atrações mais lindas? O ingresso não é vendido no aeroporto. É preciso passar no Centro de Visitantes ou num Posto de Informação e Controle (PIC).
Mesmo que você compre o ingresso antecipadamente, pela internet, vai precisar comparecer a um posto de atendimento para retirar o cartão de acesso. O ingresso vale por 10 dias corridos a partir da retirada do cartão. O valor para brasileiros é de R$ 106,00 e até 11 anos e acima de 60 anos estão isentos, mas é preciso fazer o cartão de acesso.
Tirando a burocracia acima, é #noronhe-se mesmo amigos e se eu pudesse dar um conselho, aproveite o clima da ilha, a energia, pois isso foi o diferencial dessa viagem.
Na mala você precisa levar biquíni, chinelo e um vestidinho para fazer algo a noite, pois o legal é exatamente isso. Desconectar-se do mundo já que nem todas as áreas o celular pega e em muitos lugares a internet é precária.
Ah mas eu vi a Bruna Marquezine jantando no restaurante Zé Maria, ok. Depende de você querer manter-se na ostentação desse mundão aqui ou aproveitar a oportunidade de comer uma comida maravilhosa com no máximo uma rasteirinha a mais se quiser “sentir-se mais chique”. Eu optei por fazer coisas que não faço no meu dia a dia e amei!
O que na minha opinião você não pode deixar de fazer:
:: alugar uma moto e desbravar a ilha a sua maneira;
:: ir até o Mirante do Sancho e descobrir porque ela foi eleita a praia mais linda do mundo segundo o Trip Advisor;
:: fazer muita coisa a pé;
:: sentir o carinho, educação e dedicação dos moradores com o turista;
:: curtir um som na Vila dos Remédios;
:: almoçar na Pousada Maravilha e contemplar uma vista de tirar o folego;
:: passar algumas horas na Praia da Conceição;
:: passar muitas horas na Praia do Porto, alugar um snorkel e mergulhar no rasinho para dar de cara com tartarugas e uma infinidade de peixes coloridos;
:: ver o pôr do sol do Fortinho do Boldró.
Espero que tenham ficado com vontade de conhecer um pouco mais desse paraíso que requer muito mais que fotos do Instagram para ser conhecido e aproveitado de verdade, pois eu nem entrei aqui em assuntos como clima e época melhor de visitação. Além das pousadas onde ficam os famosos, existem outras — que, com algum sacrifício, podem caber em bolsos plebeus. E por baixo do verniz de point badalado, Fernando de Noronha continua um destino de natureza por excelência: praias selvagens, corais preservados, vida marinha diversa e abundante. Seja um dos 1.000 privilegiados que podem visitar a ilha por dia no máximo de noites que conseguirem. Se precisarem de ajuda, estarei por aqui @abconsultoriaemviagem.
Um beijão e excelente semana para vocês!