Aproveitando o feriado do último dia 12 eu e minha esposa viajamos para Montevideo com o objetivo principal de conhecer algumas vinícolas.
O Uruguai tem se destacado por ter melhorado a qualidade de seus vinhos, especialmente aqueles produzidos com a uva Tannat, que se tornou um ícone no país.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Originária do sulda França, a Tannat ficou famosa depois que estudos científicos constataram que é a uva com maior quantidade de resveratrol, um polifenol que tem características anticancerígena e antienvelhecimento.
A Tannat tem uma carga tânica intensa, por isso os vinhos produzidos com ela são bastante tânicos, potentes e envelhecem muito bem.Por causa de sua carga tânica os melhores vinhos são aqueles que passam por madeira.
Os Tannats são saborosos, de cor vermelho escuro, aromas de baunilha, coco (em razão das barricas que estagia), ameixa, geleia de framboesa e morango e na boca apresentam bem estruturados e com corpo alto.
Por ser um vinho potente harmoniza com pratos fortes, como o churrasco e a feijoada.
Não se encontra vinhos uruguaios de boa qualidade nas gôndolas dos supermachos, como encontramos vinhos chilenos e argentinos, mas também não é tão difícil encontra-los e os preços são razoáveis.
No dia em que chegamos a Montevideo a primeira coisa que fizemos foi almoçar. Entramos num restaurante chamado La Perdiz, especializado em parrilla e pedimos um assado, “short Ribs” que é um corte de costela bovina, um tipo de bife de costela assado na brasa. Descobrimos depois que o restaurante é um dos melhores de Montevideo. Pedi ao garçom uma indicação de vinho e ele sugeriu o Pisano, Tannat, 2017. Foi uma agradável surpresa. A carne estava sensacional e o vinho, bem tânico, combinou com o peso da gordura da costela. Começamos com o pé direito.
No dia seguinte conhecemos duas vinícolas, a Juniacó e a Bolza, mas isso é assunto para a próxima edição.