Por Priscila Caldeira
A manhã desta segunda-feira, 3, ficará na história das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) por ter sido celebrada a aula inaugural do curso de Medicina. O auditório Miguel Reale, no Câmpus II, sediou o evento, que recebeu autoridades políticas da cidade e região, corpo docente, discentes da primeira turma do curso e servidores da FAI.
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O deputado estadual Mauro Bragato, interlocutor da conquista do curso de Medicina, ressaltou o ganho para o desenvolvimento regional.
“Considero o dia de hoje histórico porque representa um salto de qualidade. Da área de Ciências da Saúde, a FAI dá um passo a frente e consegue uma grande vitória na medida em que acelera a implantação do curso e seu início. Isso significa não só 100 alunos aprendendo a Medicina, mas também que irá ensejar a pesquisa e conquistas nas áreas de saúde. Mostra o perfil de Adamantina na prestação de serviços da educação”, relatou Bragato.
O diretor geral, professor Dr. Márcio Cardim, aponta a preparação do curso e os benefícios à população.
“A confiança é muito grande. Que nós consigamos fazer realmente um curso de qualidade e é isso que vamos buscar. Usando toda a estrutura e a experiência que o corpo docente tem para proporcionar aos alunos uma formação humanizada, porque esses meninos (as) no futuro estarão lidando com vidas. Acredito que quem vai ganhar com esse curso é a população mais carente de Adamantina e região”, afirmou Cardim.
Coordenador do curso, o médico César Antonio Franco Marinho revela a expectativa das atividades durante o semestre: “A FAI já está pronta tanto nos seus recursos técnicos como no corpo docente capacitado para iniciar. Então esperamos que seja um semestre produtivo e todas as expectativas e os planejamentos sejam alcançados”.
Temática abordada
Ministrada pelo Dr. Paulo Hilário Nascimento Saldiva, professor titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a aula inaugural teve como tema: “A vida das grandes cidades: novos desafios para a saúde humana”.
Saldiva ressalta que se deve pensar a saúde fora da “caixa clássica”, e considerá-la como integrante do tráfego, da moradia e das relações que se estabelecem nas cidades, onde residem 86% dos brasileiros atualmente.
“Morre de poluição atmosférica no mundo sete milhões de pessoas por ano, que é mais do que a malária e mais do que a diarréia. Também 44 mil brasileiros morreram no trânsito, ou seja, tráfego é saúde. O médico vai ter que pensar em outras áreas da saúde como a urbanização e a moradia. O que fazem também afeta a qualidade de vida do homem no seu novo habitat. Portanto, temos que fazer a sociedade protetora do ser humano”, argumentou.
O professor da USP falou sobre o que representou sua participação na abertura das atividades do curso.