Dormir de óculos, entrar sob o chuveiro com as lentes e ver tudo embaçado depois, assistir filme 3D ou até mesmo se maquiar podem se tornar situações infernais para quem usa o famoso óculos de grau ou lentes de contato e não pode tirá-lo porque não consegue enxergar sem o bendito objeto.
Situações como essas são bem próximas do cotidiano de quem sofre com os problemas de visão mais comuns, como a hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto), miopia (dificuldade para enxergar de longe) e astigmatismo (distorção das imagens).
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Segundo o cirurgião oftalmologista Francisco Carlos Lopes, que atende no hospital de olhos de Lucélia, a solução para quem não quer usar mais os óculos e as lentes de contato está nas cirurgias de correção a laser, que são cada vez mais comuns entre pacientes de hipermetropia, miopia ou astigmatismo, por ser um procedimento confiável e apresentar resultados positivos em quase 100% dos casos.
Mas antes de qualquer procedimento, é preciso entender as diferenças entre os métodos e ter certeza de que um deles realmente vai funcionar. “A chance de sucesso é bastante alta, desde que o paciente seja avaliado por profissionais qualificados”, afirma o oftalmologista.
Segundo o cirurgião, existem três métodos de cirurgia de correção de grau a laser, que é a Lasik e PRK (cirurgia ceratorefrativa), e a implantação de lente fácica (cirurgia facorrefrativa). “O método Lasik abre uma espécie de tampinha no globo ocular, trabalha direto na córnea e depois coloca essa tampa de volta. Já o PRK remove uma camada fina de células do olho, chamada epitélio, e faz o procedimento sem corte. Na cirurgia facorefrativa, ocorre a implantação de lente fácica ou a substituição do cristalino por um artificial. Neste caso é colocado uma lente especial entre a córnea e o cristalino do olho”, explica.
Segundo o oftalmologista, o método de cirurgia ceratorefrativa é capaz de corrigir até 12 graus de miopia, sete de hipermetropia e cinco de astigmatismo. Na facorrefrativa corrige até 30 graus de miopia, 20 graus de hipermetropia e sete de astigmatismo.
“Para realizar as cirurgias é recomendável que o paciente seja maior de 18 anos, ter correção estável, ou seja, sem aumento de mais de meio grau no último ano ou um grau nos últimos dois anos e não apresentar doenças na córnea, como olho seco”, explica o oftalmologista.
Segundo o oftalmologista Francisco, o pré-operatório dos métodos é igual. “O paciente recebe uma anestesia tópica, feita com gotinhas de colírio”, afirma.
Pós-Operatório
Segundo Francisco, após a cirurgia a laser na superfície da córnea é necessário repouso, o repouso é no sentido de evitar poluição, entrar na piscina, evitar pancadas e o contato com qualquer produto que irrite a córnea, mas não há restrições quanto a esforços físicos ou visuais.
Nos implantes de lente além de evitar o que foi dito acima, tem que evitar esforços físicos por um período de 15 a 20 dias.
Complicações
“Toda cirurgia, por mais simples que seja, oferece algum risco de infecção. No caso da refrativa o risco é menor do que as de implante de lente intra-ocular, nesse caso pode haver um aumento de pressão intra-ocular; rejeição do material ou descolamento da retina, mas é importante lembrar que as infecções são muito raras quando se faz o resguardo correto e o tratamento com medicamento correto. Dependendo o caso é necessário repetir a cirurgia”, alerta Francisco.
Resultado
Segundo o cirurgião oftalmologista, se o pré-operatório for feito por um profissional qualificado, a cirurgia permite que 98% dos pacientes atinjam uma visão boa.
“Visite um cirurgião oftalmologista de confiança quando houver a vontade de se livrar dos óculos. Caso haja duvidas ouça sempre uma segunda opinião de outro profissional experiente na área”, encerra.