A greve em agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completa 30 dias nesta terça-feira (25) no Oeste Paulista. As unidades paradas são de Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Presidente Epitácio, Rancharia, Álvares Machado, Rosana, Dracena, Santo Anastácio, Martinópolis e Adamantina. Conforme a diretora estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev), Maria de Lourdes Café, como não houve negociações, a ação deverá permanecer por tempo indeterminado.
A categoria pede reajuste da remuneração de acordo com a inflação; incorporação das gratificações; plano de cargo e carreira; 30 horas de trabalho para todos servidores; realização de concurso público para repor o quadro de funcionários; fim do assédio moral; isonomia salarial; e paridade entre ativos e aposentados. Os trabalhadores também protestam contra a terceirização.
“Uma assembleia nacional foi realizada na última sexta-feira [21] em São Paulo e, como não tivemos acordo, todos os servidores optaram por manter a greve nas unidades. Apenas os serviços considerados de urgência e emergência serão realizados”, afirma Maria de Lourdes.
Nas agências, os serviços de perícia médica, auxílio doença e requerimento estão sendo adiados, já que os trabalhadores destes setores paralisaram as atividades. “Ainda não sabemos quando os atendimentos serão normalizados. O comando de greve nacional continua em Brasília [DF] para buscar negociações com representantes do governo. Enquanto nada for resolvido, permaneceremos assim”, ressalta a diretora estadual.
A paralisação
A paralisação teve início no dia 27 de julho no Oeste Paulista. Na ocasião, o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP), Manoel de Alvarenga Freire Neto, colocou que o deficit no número de servidores chega até 40% em algumas agências, o que sobrecarrega os trabalhadores e afeta no tendimento ao público.
Há quatro anos os servidores estão negociando um aumento no valor da aposentadoria, ainda conforme o diretor regional do SINSSP. “Parte da nossa remuneração, cerca de 80%, são gratificações. Quando nos aposentamos, esse valor cai para 50%. Queremos que essa situação mude”, afirmou Freire Neto.
Atendimentos
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informa que as pessoas com atendimento agendado que não forem atendidas em razão da paralisação dos servidores serão submetidos à remarcação da data do serviço.
O reagendamento será realizado na própria agência e o interessado poderá confirmar a nova data ligando no telefone 135, no dia seguinte a data originalmente marcada para o atendimento, conforme a Previdência Social.
A Central de Atendimento 135 está à disposição para informar quais as agências onde não há atendimento em virtude da paralisação e para orientar os cidadãos, de acordo com a Previdência Social.