A “Rede Promover Vida” realizou nesta quinta-feira o 4º Encontro por uma Cultura de Paz, em Adamantina, marcando o dia mundial de prevenção ao suicídio, em 10 de setembro, instituído pela Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio (AISP), apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A organização do evento aconteceu em três frentes de ação. Dia 09 foi realizada palestra no Tiro de Guerra, graças à parceria com o Exército Brasileiro por meio do chefe de instrução do TG local, sargento Paulo Renato Mena Rodrigues. Dia 10 pela manhã aconteceu uma roda de conversa com os psicólogos da região sobre a ampliação das políticas públicas de cuidados das pessoas em situações de risco. E no período da tarde, foram realizadas oficinas, palestras e roda de conversa no Câmpus II das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI).
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De acordo com a psicóloga e coordenadora do Núcleo de Psicologia da FAI, professora Ana Vitória Salimon dos Santos, o tema abordado neste ano foi “Prevenir o suicídio: chegar mais próximo e salvar vidas”.
“Cada vez que nessa época do ano organizamos o evento, o fazemos de forma a fortalecer as parcerias a nível municipal e regional. Nesse sentido, vem atender a necessidade que a rede tem de fortalecimento do trabalho. As pessoas que participaram deram um retorno muito positivo e com sugestões para a edição do ano que vem”, avalia Ana Vitória.
Conforme afirma, durante o Encontro foram fornecidos conhecimentos sobre socorro imediato, tentativas de suicídios, vivências que promovessem qualidade de vida para quem proporciona cuidado, o zelo com os enlutados. E também se propiciou momentos de reflexão sobre experiências de profissionais de educação, da saúde, da assistência social, da mídia, entre outros.
Parceiras da Rede
Membro da “Rede Promover Vida” desde 2007, a psicóloga da Santa Casa de Adamantina, Regina Angelo Amorim, conta como o Encontro permite avanços no tratamento das pessoas em crise, à medida que a Rede tem angariado parceiros.
“O encontro além de fortalecer a rede serve também para a gente conversar um pouco a respeito desse assunto que tem tantos mitos e é tão pouco divulgado. Precisamos ter noção de quão sério é o assunto e precisamos conversar de uma maneira consciente, verdadeira e ter parceiros, dentro e fora do município. Quanto mais agregarmos, melhor para todos”, ressalta Regina.
A graduanda do curso de Psicologia da FAI e estagiária do Núcleo de Psicologia, Letícia Scholl da Silva, acompanha o trabalho na Rede desde o início do ano.
“Encontramos a demanda no Pronto Socorro do Hospital, também nos postos de saúde. Recebemos encaminhamentos no Núcleo de Psicologia de vários setores e busca espontânea. Se uma das partes da rede sabe de alguma notificação, ela se une a todos. A gente precisa conscientizar mais as pessoas e também aquele que trabalha na saúde. Conseguimos alcançar aqueles que precisam de ajuda e contribuir de alguma forma para a vida”, finaliza a estudante.
Ao final do encontro os grupos participantes das oficinas fizeram uma socialização das experiências.