Dentro de dois anos, a população de Adamantina poderá enfrentar o problema de não ter onde enterrar seus parentes mortos. O cemitério municipal – o único da cidade – está perto de ter suas vagas esgotadas, confirma ao IMPACTO o chefe de divisão do cemitério, José Baptista. A situação causa preocupação, sobretudo com o iminente esgotamento de sua capacidade. O cemitério conta hoje com 40 mil pessoas sepultadas. Estudos feitos pela Prefeitura dão conta de que, atualmente com uma área disponível de menos de mil m2, o que permite dimensionar aproximadamente 300 novos túmulos. “Em média, são feitos mensalmente cerca de 30 enterros. Boa parte das pessoas, são enterradas em sepulturas da família o que dá fôlego no número de vagas disponíveis no local. Pelo nosso levantamento, pelos próximos dois anos não precisamos nos preocupar com vagas”, afirma o chefe do cemitério. Baptista disse ainda que a área do estacionamento está disponível, caso haja necessidade para suprir a demanda de vagas para novas sepulturas.
Busca de nova área
Para que a situação não se torne crítica, a Administração Municipal busca uma nova área no entorno para a expansão do Cemitério ou outras áreas para um novo espaço de sepultamentos. Algumas iniciativas já foram tomadas, afirma o chefe de gabinete municipal, Wilson Hermengildo. “Começamos a elaborar estudos para aquisição de uma nova área. No período de dois anos não será preciso construir um novo cemitério, mas já estamos trabalhando no sentido de não corrermos risco de faltar vaga”, afirma Hermenegildo.
Outro detalhe destacado pelo chefe de Gabinete é que “existem atualmente tem 94 sepulturas inativas (abandonadas) e a Prefeitura iniciou recentemente o processo para recuperação destas áreas, isso dará um fôlego a mais até ser encontrada nova área”, afirma.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Mudança de plano
Em outubro de 2013, a Prefeitura divulgou que iria desapropriar terreno com área de 11,6 mil hectares , localizada às margens da rodovia José Maria da Silva, que liga Adamantina a Mariápolis, que receberia a expansão do Cemitério. Na época, a Administração informou que pretendia a partir de 2014, utilizar o novo espaço, já adequado às novas exigências legais – longe da cidade. Segundo o secretário de planejamento da época Rogério Buchala, o novo cemitério seria criado em um método mais moderno, só com gramas, aproveitando melhor o espaço disponível, com capacidade 6 mil túmulos e até 18 mil pessoas sepultadas.
Procurada pelo IMPACTO, a assessoria de imprensa informou que devido a dificuldade na obtenção de licenças ambientais, o terreno não chegou a ser desapropriado.