O setor do comércio varejista e de serviços tem substancial peso para a economia de uma cidade do porte de Adamantina. E não sou eu quem afirma isto. Os números comprovam: são 5.218 empregos no comércio e serviços, contra 2.820 na indústria, 1.571 na agropecuária e 1.083 na Educação, segundo dados do IBGE. Desses empregos algo em torno de 72% são ocupados por mulheres, o que representa uma segunda fonte de renda para muitas famílias.
Muitas dessas vagas representam também a oportunidade do primeiro emprego, em que jovens e adolescentes saem do ócio e iniciam uma fase de aprendizado para toda a vida. Estamos falando de empregos diretos.
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Com os empregos indiretos, o benefício que o setor de comércio e serviços traz para a economia local torna-se incalculável. Já na arrecadação de impostos, o comércio varejista tem grande peso, segundo dados da própria Prefeitura de Adamantina.
O comércio é a “menina dos olhos” de qualquer cidade. A vitrine de qualquer município. É o comércio que atrai visitantes. É o comércio que mostra uma cidade “viva”. Vejo com tristeza a falta de apoio ao setor, principalmente neste momento crucial para muitas empresas, frente aos problemas políticos e econômicos por que passa o Brasil.
O setor do comércio varejista e serviços é o mais atingido por esta crise sem precedentes. Adamantina está triste, sem a luz e o brilho de anos anteriores.
Uma cidade sem vida, apática. As dívidas da Prefeitura para com o comércio ultrapassam os R$ 3 milhões. Contas da Expo Verde referentes ao comércio e serviços não foram sanadas, mesmo com o evento tendo saldo positivo entre receitas e despesas. Nenhuma ação das autoridades locais foi capaz de impedir a realização da Feirinha do Brás no vizinho município de Mariápolis.
Evento que causa prejuízo considerável para a economia da região, com a evasão de dinheiro na comercialização de mercadorias de origem duvidosa. Calcula-se que algo em torno de R$ 600 mil saiu da região.
Os empresários do comércio de Adamantina apostaram mais uma vez num final de ano produtivo, mesmo sem as luzes de Natal. E o resultado pode ser desastroso para muitos. Só nos resta cobrar e nos mobilizar para que as autoridades deste município tenham posturas mais proativas em favor do nosso comércio.
Muito pode ser feito para que o setor continue a cumprir sua missão social no município. Basta boa vontade, projetos existem.
Que 2016 nos traga novos rumos.