A falta de medicamentos nas unidades básicas de saúde de Adamantina tem gerado reclamações de pacientes.
Quem precisa dos remédios e de outros produtos, que deveriam ser distribuídos de graça, já espera há pelo menos três meses por uma solução. Segundo informações da secretaria municipal de Saúde, 1.400 usuários retiram medicamentos de alto custo nos postos de saúde da cidade.
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São fornecidas em média 16.500 receitas mensalmente. Na quarta-feira (3), o IMPACTO foi ao posto de saúde central e conversou com vários pacientes que relataram o drama da falta de remédios. Muitos sem alternativa são obrigados a comprar os remédios, sem ter condições financeiras para isso.
Posição da Prefeitura
A secretária Municipal de Saúde, que também acumula o cargo de presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS) , Patrícia Queiroz Ribeiro Mochiuti foi procurada pelo IMPACTO, mas não pode atender a equipe pois estava em reunião.
Em busca de respostas, o IMPACTO procurou o secretário municipal de Gabinete, Wilson Hermenegildo que confirmou a falta de medicamentos da rede pública e explicou o motivo. “Os medicamentos que estão em falta são os de alto-custo, fornecidos pelo Governo do Estado e houve diminuição devido a crise financeira que o Estado e o País enfrentam neste momento. Por outro lado, os recursos que a Prefeitura disponibiliza para aplicar na área de saúde não são suficientes para cobrir a demanda do município. Além disso, com a queda de arrecadação a Prefeitura deixou de pagar alguns fornecedores. De acordo com a Secretaria de Finanças, os pagamentos estão sendo regularizados gradativamente. Licitamos nesta semana uma nova compra em torno de R$ 150 mil, o que minimizará os problemas. Não é muito, é um paliativo que irá ajudar neste momento”, afirma.
O secretário não soube informar quando a situação será normalizada. “É difícil precisar uma data já que dependemos de repasses Estaduais e Federais”, encerra.