Mulher acolhedora: Maria é matriarca da família Maion

Maria de Lourdes Menegatti Maion é respeitada e considerada a base da família.

A doçura e o amor que Maria de Lourdes Menegatti Maion semeou ao longo dos 78 anos de vida, se traduzem em afeto incondicional dos filhos e netos por ela. Matriarca de uma família pioneira em Adamantina, é respeitada e considerada a base da família.

“Fui casada durante 52 anos. Sempre fui uma boa dona de casa e excelente mãe. Tive a felicidade de ter oito filhos. Consegui criar os seis [Sílvia, Olivio Júnior, Wanda, Neide, Tânia e Rosa] e transformá-los em grandes seres humanos, mas guardo a tristeza de ter perdido dois deles. Por outro lado, tive a felicidade de ganhar sete netos e duas bisnetas. Agradeço a Deus pela família e tudo que conquistamos”, destaca

Perdas

Maria se emociona ao relembrar a perda dos dois filhos. “Mesmo passado mais de 40 anos me emociono ao lembrar dos meus dois filhos que faleceram. Um deles morreu logo após o nascimento, o outro aos nove anos, vitimado por tétano. Faz 40 anos, mas até hoje choro, afinal faltam dois pedaços de mim”, lamenta.

De formação católica, Maria encontrou na fé a firmeza para ultrapassar as perdas. “A morte do meu marido Olívio Maion, em 2008 me marcou muito. Foram mais de 50 anos de união e companheirismo. Quando o conheci foi amor à primeira vista. Um amor duradouro que só a morte foi capaz de separar”, se emociona.

Família pioneira

Ainda criança, Maria recorda quando o pai, a mãe e os irmãos deixaram Osvaldo Cruz na década de 40 para tentar uma vida nova em Adamantina.

“Meu pai abriu uma olaria – onde funciona hoje a Casa do Garoto. Eu tinha 12 anos e já ajudava ele a amassar barro. Tínhamos que trabalhar desde cedo. Depois de alguns anos, meu pai decidiu investir na lavoura de café. Ajudamos no progresso de Adamantina. Era uma época boa, onde as pessoas viviam em paz, não havia ganância e existia tudo em fartura. Graças a Deus nunca nos faltou nada”, recorda.

Maria acompanhou o desenvolvimento da ‘Cidade Joia’ e afirma que se orgulha disso. “Cresci junto com a cidade. Acompanhei os tempos bons e ruins da cidade. Faço parte da história e sei que Adamantina é muito boa, mas poderia ser bem melhor se os políticos não tivessem abandonado a cidade ao longo dos anos”, critica.

Matriarca

A residência onde os filhos nasceram e cresceram é a mesma. Maria faz questão de manter a casa aconchegante. Por todo lado da casa, porta-retratos com fotos dos filhos e netos. Muita lembrança ajuda a manter aceso o amor pelos descendentes. “Moro há 50 anos no mesmo local, não tem um dia que um dos meus filhos passam aqui para me ver. Aos domingos já virou tradição o almoço em família. Quando a gente se reúne é a maior festa”, comemora.

Orgulhosa da família que construiu ao lado do marido, a matriarca destaca fatos marcantes. “O nascimento dos meus netos foi bastante especial. Outro momento que relembro com bastante emoção foi nossas Bodas de Ouro. Um momento único”, diz.

Legado

Mulher guerreira, mãe zelosa, Maria Maion é um ser humano para se inspirar. Afirma que gostaria de deixar para os filhos a lembrança de que foi uma boa mãe. “É esta a lembrança que desejo deixar para meus filhos.  Sempre busquei ser um porto-seguro. Busquei ensinar o verdadeiro valor da família e da vida”, encerra.

VIAROGÉRIO PIRES
FONTEGRUPO IMPACTO
Conteúdo anteriorMulher de fibra: Toninha fundou uma associação para ajudar doentes renais
Próximo conteúdoMulher vencedora: Zil supera falta de afeto encontra o amor-próprio