Com o passar dos tempos, os revestimentos cerâmicos têm ganhado mais espaço no mundo da arquitetura, construção e design. No Brasil, o uso deste tipo de material tornou-se um costume antigo e corrente, principalmente de azulejos.
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Mas, seja em pisos, paredes ou fachadas, deve considerar classificação e características do material, como índice de absorção de água, resistência mecânica, química e a manchas, como explica o arquiteto Gustavo Grisante. “Se no passado as placas cerâmicas estavam restritas às áreas úmidas de uma construção, hoje são encontradas nos mais diferentes ambientes, como residências, escritórios, indústrias e áreas externas, incluindo amplas fachadas”, afirma.
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Grisante comenta que a cerâmica constitui uma das melhores escolhas para o revestimento das paredes devido à sua elevada resistência e facilidade de limpeza. “Tanto em espaços privados do lar como nas grandes superfícies públicas são inúmeras as possibilidades decorativas que os revestimentos cerâmicos nos oferecem. Porém, essas peças não devem ser escolhidas aleatoriamente, apenas por gosto ou outros fatores, é importante o conhecimento técnico e boa orientação de um profissional para suas especificações de acordo com cada projeto”, orienta.
O mercado oferece uma imensa variedade em formatos, cores, texturas e acabamentos superficiais. “Até mesmo a imagem de revestimento pouco nobre, quando muitos a comparavam à rocha natural, se mostra ultrapassada diante do surgimento de cerâmicas de alto desempenho técnico e forte apelo estético”, explica o arquiteto.
Atualmente, a cerâmica está entre os revestimentos arquitetônicos mais versáteis, com inúmeras possibilidades de composição. “As dimensões das placas aumentaram, principalmente nas opções de piso, o que garante maior economia industrial, facilidade de assentamento e eliminação de juntas, consideradas locais em potencial para acúmulo de sujeira. Ao mesmo tempo, e acompanhando a tendência de industrialização dos sistemas construtivos, é possível encontrar painéis cerâmicos fixados em fachadas com inserts metálicos: sistema já largamente utilizado nas pedras naturais”.
Grisante destaca alguns lançamentos importantes em revestimentos cerâmicos para este ano, como os produzidos com tecnologia de impressão digital que são ótimos para áreas internas, externas, residencial ou comercial, devido a sua similaridade com os produtos naturais como as pedras, madeiras e mármores. “Outro destaque são as novas texturas como a floral e a pedra, os mármores de origem chinesa, italiana, iraniana e até do continente africano, têm cores que transitam pelo bege, marrom, azul, branco ônix, cinza e cores quentes como o mate e o dourado, que aliam sofisticação e versatilidade, além dos revestimentos brilhantes, grande aposta da Expo Revestir”.
Não importa o tipo de revestimento, o arquiteto alerta sobre a qualidade do material, que deve estar de acordo com as normas do setor que estabelece uma série de critérios para classificação e uso do material. “A NBR 13817/1997 considera, por exemplo, o método de fabricação, normalmente prensado ou estrudado. Também faz a distinção por tipo de superfície, se esmaltada ou não-esmaltada”. A existência ou não do esmalte determina a cor, o brilho, a textura e a facilidade de limpeza.
Além disso, as placas são rotuladas conforme sua resistência às manchas, a ataques químicos e a riscos. “Produtos esmaltados e brilhantes tendem a riscar mais facilmente do que aqueles com acabamento rústico. Por isso, em áreas externas e de acesso, os pisos rústicos são mais indicados”, comenta Grisante.
Há, ainda, a classificação de acordo com a resistência a derrapagens, medida pelo coeficiente de atrito e importante para avaliar a adequação de pisos em declive ou sujeitos a água ou óleo, como piscinas e garagens, por exemplo. “Quanto maior o índice, mais áspera é a superfície e mais difícil a sua limpeza”.
Embora todos os critérios estejam diretamente relacionados à adequação do produto a determinadas aplicações, há outras características que se sobressaem durante a especificação, como a absorção de água e a resistência.
Serviço
O arquiteto Gustavo Grisante atende na avenida Rio Branco, 437, ap. 51. Mais informações no (18) 3522-2494 ou 99761-1056.
Colaborou: Revista aU