O Brasil vibrou com a realização da Olimpíada Rio 2016 no mês de agosto, mas a emoção ainda não chegou ao fim porque têm início nesta quarta-feira, 7 de setembro, os Jogos Paralímpicos Rio 2016, que devem atrair até o próximo dia 18 aproximadamente 4,5 mil atletas portadores de algum tipo de necessidade especial.
Considera-se esporte para pessoas com deficiência toda e qualquer atividade esportiva adaptada, que tem como objetivo a inclusão de pessoas com necessidades especiais (deficiência mental, física, auditiva, ou visual), em práticas esportivas. Para isso, os locais para a prática dos esportes, o preparo físico e o treinamento são adaptados para atender às limitações de cada paratleta.
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Uma turma de oito alunos do curso de Educação Física das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), agora Centro Universitário de Adamantina (UniFAI), já está de malas prontas para ver de perto essa grande festa do esporte e da inclusão. E o objetivo não é só torcer e se divertir, mas, principalmente, conhecer as instalações adaptadas e ter uma aula prática e diferenciada de como lidar com pessoas portadoras de necessidades especiais durante a prática de atividades físicas e esportivas.
“Esse evento vai poder propiciar a eles [alunos] a noção de potencialidade desses atletas, vamos falar de classificação esportiva, vamos conhecer todas as modalidades adaptadas para os deficientes e eles vão aprender e compreender a disciplina de uma maneira que poucos terão a oportunidade”, explicou a coordenadora do curso e docente da disciplina de Educação Física Adaptada, Prof.ª Dra. Gabriela Gallucci Toloi, que acompanha o grupo até o Rio de Janeiro (RJ).
A expectativa dos alunos é conhecer como é realizado o treinamento de um atleta paralímpico e se qualificar para, quem sabe futuramente, durante o exercício da profissão, auxiliar pessoas com limitações físicas. “Vamos poder saber qual a vivência deles [paratletas] com o esporte devido à deficiência que eles têm e como eles conseguem se superar para chegar a um esporte de alto nível. Nós, lá na frente podemos, quando estivermos trabalhando em escolas, trabalhar com algum aluno deficiente e saberemos os pontos que podemos abordar com ele, o quanto poderemos exigir dele e incentivar para que ele se esforce e talvez até chegar a ser um campeão paralímpico”, opinou o aluno Jeferson Luiz Paulino, do 6º termo.
Segundo a professora, existem três tipos de classificação que caracterizam o paratleta: classificação médica, esportiva e de jogo. “Na sala de aula [essa explicação] fica muito ‘no ar’ e eles realmente vão poder vivenciar isso. Acredito que essa será uma experiência única que os fará crescer enquanto cidadãos, enquanto profissionais e com uma visão diferente da potencialidade desses atletas paralímpicos e de qualquer pessoa que possua algum tipo de deficiência”, argumentou.
O grupo sairá de Adamantina rumo ao Rio de janeiro na próxima terça-feira, 13, e voltam para casa no dia 19. “Vamos de avião, partindo de Marília para Campinas e de lá para o Rio de Janeiro. A UniFAI fará o nosso translado de Adamantina até o aeroporto de Marília na ida e na volta. No Rio ficaremos todos juntos num hostel para estudantes. Todos os eventos são realizados nos mesmos ambientes que abrigaram as Olimpíadas e teremos a oportunidade de ver a Tocha Olímpica e os Centros Olímpicos. Estamos muito motivados”, contou Gabriela.
Mas é importante lembrar que eles não vão só a trabalho. Nas horas vagas também cabe a diversão. “Vamos estar na praia, então a gente vai poder se divertir um pouco também [risos]”, completou Jeferson.