A economia adamantinense irá receber até o final de 2016, cerca de R$ 15,1 milhões com o pagamento do 13º salário dos trabalhadores dos setores público e privado. A estimativa é da assessoria econômica da FecomercioSP. A entidade credita que esse resultado, se deve entre outros fatores, ao saldo positivo de 780 vagas registrado entre janeiro e outubro de 2016, conforme o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. “Vale ressaltar que no cálculo, não foram considerados os recursos recebidos pelos aposentados e pensionistas já que grande parte do 13º foi pago antecipadamente”, informa o economista Jaime Vasconcellos, da FecomercioSP.
O economista destaca ainda que os dados constituem uma projeção do volume total do 13º salário que entra na economia ao longo do ano, e não necessariamente nos dois últimos meses de 2016. Entretanto, segundo Jaime, é certo que a maior parte do valor referente ao 13º seja paga no final do ano.
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Em Adamantina, 10.257 empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, serão beneficiados com um rendimento adicional. Os profissionais que possuem menos de um ano na empresa também recebem o valor proporcional aos meses trabalhados.
Impacto no comércio
O economista destaca que no mês de dezembro, alguns setores varejistas faturam até 30% a mais do que em outros meses do ano. “Isso ocorre, pois, próximo de 1/3 do décimo terceiro salário é destinado ao consumo, principalmente na compra de presentes e ceia de Natal e Reveillon. O restante é dividido entre o pagamento de dívidas (em atraso ou não) e uma menor parte para uma poupança prévia”, orienta Vasconcellos.
Para Sérgio Vanderlei, presidente do Sincomercio (Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Adamantina), entidade filiada a FecomercioSP, esta quantia de recursos injetada na economia local deve alavancar sobremaneira o consumo. “Boa parte deste dinheiro será gasto na compra de presentes e ingredientes para as ceias, ajudando assim nosso comércio a fechar um ano difícil com um pouco mais de tranquilidade”, ressalta.
Economista explica qual a melhor forma de aproveitar o 13º salário
De acordo com o economista da FecomercioSP, Jaime Vasconcellos, para otimizar o uso dos recursos provenientes do 13º, o primeiro passo é fazer uma avaliação criteriosa do orçamento doméstico atentando-se para o nível de comprometimento da renda com o pagamento de dívidas (que deve ser de no máximo 30%). Veja algumas dicas para aproveitar melhor este rendimento adicional.
Dívidas
Se a pessoa já está inadimplente ou altamente endividada, o 13º salário deve ser destinado ao pagamento de débitos. O pagamento de dívidas do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito deve ser priorizado já que essas modalidades de crédito cobram as maiores taxas de juros do mercado. Segundo dados do Banco Central, em setembro as taxas de juros cobradas nessas linhas de crédito atingiram 324,9% a.a e 480,3% a.a, respectivamente, enquanto que no crédito pessoal e no crédito consignado a taxa é de 135,1% a.a e 29,3% a.a, respectivamente.
Para outros tipos de dívidas, o consumidor pode aproveitar e negociar sua quitação à vista e, desta forma, conquistar descontos.
Poupar
Para as famílias que não possuem débitos que comprometam mais de 30% da renda familiar, a melhor alternativa para o salário adicional é poupar. Neste caso, 13º pode dar uma boa folga no orçamento familiar a partir de janeiro, quando chegam “Dívidas de Verão”, como IPVA, IPTU, material e matrícula escolar e também as viagens de férias. Segundo o que manda a cartilha da economia doméstica, o consumo fica em última opção, porém sabemos que alguns prazeres a vida não podem ser mensurados, e a compra e troca de presentes no período do Natal é um exemplo. Além disso, o consumo é responsável por grande parte da formação de riqueza do país e é imprescindível ao crescimento do mesmo. Desta forma, o consumidor precisa estipular o quanto pode gastar e ser rígido com este patamar. Avaliar no papel, e antes de sair às compras, é um ato essencial para não perder controle na hora da aquisição dos presentes.
O último dia para as empresas depositarem a primeira parcela da gratificação foi quarta-feira (30). A segunda parcela, conforme a legislação trabalhista deve ser paga até 20 de dezembro, tendo como base de cálculo o salário de dezembro menos o valor adiantado na primeira parcela.