Muitas pessoas certamente já se questionaram: afinal, o que seria Síndrome de Pânico? É um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente.
A definição para síndrome de pânico surgiu na década de 1.980, quando a Associação Americana de Psiquiatria realizou diagnóstico que delimitou os critérios válidos até hoje para a classificação oficial do transtorno.
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“A Síndrome do Pânico pertence à classe dos transtornos de ansiedade, juntamente com as fobias, o estresse pós-traumático, o transtorno obsessivo-compulsivo e o distúrbio de ansiedade generalizada”, explica a psicóloga Fernanda Ramos Cavalheiro.
A profissional comenta que a Síndrome do Pânico tem como característica a presença de ataques de pânico que consistem em crises espontâneas, súbitas, de mal-estar e sensação de perigo ou morte iminente, com vários sintomas e sinais de alerta e hiperatividade autonômica.
“Estes sinais e sintomas de um ataque de pânico variam entre sensação de desmaio, dor de cabeça, dor na nuca, terror, palpitações, sudorese, boca seca, dificuldade para respirar (sensação de sufocamento), tontura, vertigem, dor no peito, atordoamento, fraqueza, sensação de debilidade física, ondas de calor e calafrios, formigamento, tremores, tensão muscular, náusea, medo de perder o controle. Vale ressaltar que os ataques de pânico em geral têm uma duração de 20 a 40 minutos e são seguidos de sensação de cansaço, fraqueza”, esclarece Fernanda.
O transtorno de pânico pode afetar qualquer pessoa, independente da idade, desde crianças até idosos. “Em síntese, as estatísticas mostram que o sexo feminino está propícia duas vezes mais do que os homens”.
As duas principais formas de tratamento para Síndrome de Pânico são a psicoterapia e medicamentos.
A psicoterapia é, na maioria das vezes, a primeira opção para o tratamento para este tipo de transtorno. “O processo terapêutico conduz o paciente a olhar no seu sofrimento, fazendo com que se questione sobre o que acontece com ele, a falar, a buscar os sentidos, a partir da sua história, ao que parece não ter sentido, mergulhar na própria biografia e a entender os motivos pelos quais ‘escreve’ suas histórias de determinadas maneiras. Portanto, a psicanálise baseia na busca em criar condições ao paciente para que consiga subjetivar a condição pela qual a crise foi instalada”, comenta.
Fernanda esclarece que na medida em que ocorre o processo terapêutico, e se bem conduzido, reduzirá as crises ou pelo menos a intensidade e a frequência com que a mesma ocorre, trazendo alívio significativo.
“O tratamento prioriza, em primeiro, aprender a diminuir a intensidade das crises e, em seguida como limitá-las e evitá-las até atingir um ponto, no decorrer da terapia, em que não as têm mais”.
A profissional ressalta ainda a outra forma de tratamento com base nos medicamentos, como antidepressivos e ansiolíticos. “É importante salientar que ao realizar corretamente o tratamento se consegue obter êxito, uma vida cotidiana normal”, finaliza Fernanda.
Serviço
A psicóloga Fernanda Ramos Cavalheiro, especialista em psicologia da saúde, atende na Clínica Bella Vita, que fica na rua General Isidoro, 297 – centro de Adamantina. Informações no: (18) 3522-8190.