Um esperançoso Michel Temer apareceu em pronunciamento de TV e rádio na noite de véspera de Natal. Em cadeia nacional, o atual presidente afirmou, na noite deste sábado (24), que “2017 será o ano em que derrotaremos a crise” e prometeu que o próximo Natal será “muito melhor do que este”.
No o posto da ex-presidente Dilma Rousseff em 31 de agosto deste ano, após o processo de impeachment, Temer assumiu a agenda de reformas e mudanças drásticas na economia. O presidente disse que tem “trabalhado dia e noite” para que o País “saia dessa crise e volte a crescer”.
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Em fala gravada, Temer defendeu as mudanças econômicas e disse que “já fez muito” em seus primeiros 100 dias de Palácio do Planalto. O Banco Central, no entanto, anunciou nesta semana que a economia deve avançar 0,8%. A projeção anterior era de um crescimento de 1,3%.
Temer afirmou que a inflação começou a cair e afirmou que a “carestia” que os brasileiros “sentem no supermercado” vai começar a diminuir. Sem se aprofundar nas mudanças, o presidente lembrou ainda a polêmica reforma da Previdência, que tem dividido especialistas. “Estamos começando a reforma da Previdência para sua sagrada aposentadoria”, comentou Temer. Para depois emendar: “Tudo isso, volto a dizer, em poucos meses”.“Tenho a perfeita consciência dos problemas do país e da missão que me foi dada. Os brasileiros pagam muitos impostos e pouco recebem em troca. Meu desafio é desburocratizar o Estado e melhorar a qualidade da administração pública. É o que eu chamo de democracia da eficiência”, disse.
Temer aproveitou o pronunciamento para fazer críticas ao governo petista. “Os juros estão caindo e vão cair ainda mais. Vamos crescer, desta vez, um crescimento sustentável”, comentou. “A verdade virá. Brasil está no caminho certo”.
No rumo errado
Segundo informações da coluna Radar, da Veja, 9 entre 10 brasileiros acreditam que o Brasil vai em direção errada.
87% acreditam que o rumo do país está errado. O momento mais alarmante, entretanto, foi quando 94% estavam descrentes quanto ao futuro, no período do impeachment de Dilma.O único período recente que o brasileiro esteve mais otimista que pessimista foi na eleição presidencial de 2014, quando 60% estavam confiantes com o futuro. Desde então, o sentimento foi ladeira abaixo. A pesquisa é do Instituto Ipsos.