Quem nunca viu alguém correndo por aí solitário ou em grupo, com tênis coloridos, roupas de ginástica, um relógio invocado no braço e em ritmo alucinante? O número de adeptos da corrida de rua aumenta a cada dia. Só no Brasil, estima-se que existe entre 4 a 5 milhões de praticantes.
O educador físico Jeferson Vagner de Souza é adepto do atletismo desde 2003. Desde então, conquistou diversos títulos como atleta e experiência como professor de Educação Física. Ele destaca os benefícios da prática da corrida de rua, como melhora na disposição diária, na força muscular e na resistência cardiopulmonar e muscular, além da diminuição dos níveis de estresse e do percentual de gordura corporal.
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“Uma pergunta que sempre me fazem, o que é preciso fazer para começar a correr? Primeiro, é necessário entender que a corrida nada mais é do que a execução sistemática de movimentos cíclicos que geram grande estresse músculo-articular e que é preciso reforçar tais estruturas para não sofrer com as dores e lesões que a prática deste exercício pode gerar. Desta forma, o primeiro passo é procurar um profissional da área da Educação Física de experiência para lhe orientar. Durante o processo de preparação, o educador deve elaborar uma estrutura de treinamento visando à preparação geral do seu aluno com treinamentos de força, flexibilidade e mobilidade, trabalho coordenativo visando à melhora do gesto esportivo (movimentos) e, por fim, planificar um treinamento gradual com os níveis de intensidade de treinamento e volume, mesclando dias de treinamentos de longa duração (rodagens e trotes para ganho de resistência) e os treinos de alta intensidade, visando à melhora do ritmo de corrida e a força muscular. Porém, este treino de alta intensidade é realizado em menor volume em quilometragem percorrida. Com isso, o corpo se adaptará aos novos estímulos e você conseguirá desenvolver uma boa corrida e com segurança”, comenta o profissional.
Esteira x rua
Para quem acha que correr na esteira ou na rua trazem os mesmos benefícios está enganado, destaca o educador físico. “Correr na esteira pode ser mais fácil, pois é uma manta de rodagem com velocidade constante, o que facilita na hora de ditar o ritmo de corrida. Os atletas de esteira também não sofrem tanto com as variações ambientais em relação aos corredores de rua, devido às academias possuir equipamentos que minimizam e regulam a temperatura nas épocas de frio ou calor”, explica.
Em compensação, os corredores que desbravam estradas rurais ou os asfaltos sofrem com o alto grau de dificuldade que os pisos de treinamento proporcionam, além dos inúmeros aclives e declives que faz com que ocorra uma variância de ritmo e esforço muscular. Ainda tem o vento que às vezes tende a bater contra o corredor, atrapalhando o ritmo de treinamento ou competição. “Porém, esse tipo de terreno ajuda e estimula o trabalho proprioceptivo, coordenação motora, equilíbrio e o atleta teste seus limites e conhece a capacidade de seu corpo durante grandes exigências”, afirma.
Orientações
Quem se estimulou a prática de corrida de rua pode ficar tranquilo! Não existe contraindicação para a modalidade, desde que se respeite o limite do corpo e siga orientações médicas e de um profissional da educação física. “Correr não é apenas o ato de pegar e sair por aí sem rumo ou sem uma meta ou estratégia traçada. É necessária uma programação e elaboração do programa ideal de treinamento depois de avaliação física e médica, além de se certificar que está apto a praticar tal atividade”.
O educador físico enfatiza: “primeiramente, procure o médico de confiança e converse sobre seu novo projeto. Realize exames para verificar se a saúde está em dia e, após a liberação médica, o segundo passo é procurar um profissional da área da Educação Física devidamente certificado e que tenha experiência com a prática esportiva para dar início aos treinamentos. Após isso, bons treinos!”, finaliza Jeferson Vagner de Souza.
Serviço
Professor de Educação Física Jeferson Vagner de Souza: (18) 99608-4034.