A Fisioterapia Pélvica é uma especialidade habilitada a tratar e prevenir qualquer patologia que esteja relacionada à pelve, conhecida popularmente como bacia. Atua na reabilitação das disfunções de uma rede de músculos chamado de assoalho pélvico. Os músculos desta região têm a função de manter a continência urinária e fecal, sustentar os órgãos pélvicos e favorecer uma atividade sexual prazerosa.
A fisioterapeuta Lillian Neubauer Saito explica que esta técnica atua principalmente nas disfunções miccionais, como a Incontinência Urinária (perda involuntária de urina), que atinge 10 milhões de brasileiros, podendo ser homens, mulheres e crianças de qualquer faixa etária e níveis sociais e econômicos. Os dados são da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia)
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“Para a maioria dos pacientes, a incontinência afeta também o bem-estar emocional, psicológico e social. Muitos deixam de realizar atividades cotidianas e passam a se isolar da sociedade. Por esta razão é muito importante saber que a grande maioria das causas de incontinência pode ser tratada com sucesso”, destaca a especialista.
Incontinência Urinária
A Fisioterapia Pélvica ou Uroginecologica é recomendada como primeira opção de tratamento em caso de Incontinência Urinária de Esforço, por ser um método não invasivo, de baixo custo e sem efeitos colaterais.
De acordo com a Sociedade Internacional de Continência, 50% das cirurgias de Incontinência Urinária poderiam ter sido evitadas se fossem realizados o tratamento fisioterapêutico.
Entre as Incontinências Urinárias as mais comuns são de ‘Esforço’, quando há perda de urina ao tossir, espirrar, ao dar risada, pegar um peso, durante a prática de atividade física e até mesmo durante ato sexual; de ‘Urgência’, quando se tem a urgência de urinar seguida pela perda de urina normalmente a caminho do banheiro; e a ‘Mista’ que é associado a mais de um tipo de incontinência. “Vale ressaltar que perder urina não é normal em nenhuma fase da vida!”, explica.
Outros tratamentos
Além das Incontinências Urinárias nas disfunções miccionais, a Fisioterapia Pélvica também atua nas bexigas hiperativas e nas retenções urinária quando há dificuldade em urinar comum em algumas doenças, lesões medulares e após cirurgias pélvicas, e nas Disfunções Anorretais, como incontinência fecal e de flatos, quando se tem a perda de fezes e gazes e na constipação.
Em gestantes, a Fisioterapia Pélvica trabalho no pré e pós-parto, trazendo qualidade de vida para mãe e o bebê. “Durante toda a mudança que ocorre no período da gestação, a técnica minimiza possíveis sequelas do parto (cesárea ou normal) através de exercícios de alongamento, fortalecimento e relaxamento da pelve e da musculatura perineal e, no pós parto auxilia na melhora da tonicidade dos músculos pélvicos e no fortalecimento dos músculos abdominais”, esclarece.
A especialidade também trata os prolapsos genitais, que é a descida de um ou mais órgãos pélvicos como bexiga, útero e reto, conhecido como ‘bexiga caída’.
Para homens
Nos homens, este tipo de fisioterapia é comum após a retirada da próstata, atuando na incontinência urinária e na disfunção sexual. “Entre as Disfunções Sexuais Masculinas temos a disfunção erétil e a ejaculação precoce, onde a fisioterapia pélvica atua trazendo a funcionalidade do assoalho pélvico obtido através do recrutamento das fibras musculares e técnicas inibitória de ejaculação”, esclarece.
Para mulheres
A Fisioterapia Pélvica vem ganhando espaço também nas disfunções sexuais femininas atuando no vaginismo, que é uma contração involuntária da musculatura do assoalho pélvico que impede a penetração, dispareunia (dor) durante a penetração, anorgasmia (incapacidade de chegar ao orgasmo), disfunção de desejo, entre outros. “A fisioterapia atua principalmente nas causas musculares que precisam de relaxamento e alívio da dor”, diz a especialista, que completa: “e, hoje, já podemos encontrar uma nova técnica – o Neopompoarismo, criada e modificada por um fisioterapeuta baseado nas técnicas de pompoarismo para melhora do desempenho sexual”.
O papel do fisioterapeuta pélvico é prevenir e tratar as disfunções devolvendo força muscular, resistência, relaxamento, coordenação e normalizar atividade involuntária. “O tratamento é de forma individualizada e personalizada com técnicas manuais, aparelhos específicos de eletroestimulação, neuromodulação, biofeedback e terapia comportamental. É importante destacar que somente um profissional especializado pode realizar este tipo de tratamento”, enfatiza.
Serviço
Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Pélvica, Dra. Lillian Neubauer Saito é especialista em Fisioterapia Pélvica em Urologia, Uroginecologia, Coloproctologia e Disfunção Sexual Internacional. Atendimento em Adamantina, Lucélia e Osvaldo Cruz. Informações no: (18) 3522-2708 ou (18) 99704-4127.