Pode até parecer notícia repetitiva, mas a situação da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ainda gera impasse para Prefeitura de Adamantina. A construção, que deveria ter sido entregue em janeiro de 2012, ainda não tem prazo para entrar em funcionamento, mesmo seis anos após o início das obras, sendo exemplo de morosidade, desperdício de dinheiro público e falta de fiscalização.
Mas, durante balanço dos 100 primeiros dias de gestão, o prefeito Márcio Cardim (DEM) afirmou que a intenção é colocar a Unidade em operação ainda este ano, descartando a possibilidade de não funcionar.
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“Se não entrar em funcionamento, em curto espaço de tempo teremos que notificar o Ministério da Saúde, devolvendo está UPA. Consequentemente, teremos que devolver mais de R$ 2 milhões. Temos que restituir aquilo que foi investido. Podemos até parcelar estes R$ 2 milhões, que é dívida que teremos com Ministério da Saúde, aí este prédio ficaria com o Município. Mas não é essa a intenção. Estamos diagnosticando, fazendo um estudo, que se depara na questão financeira, em que os custos não seja apenas dos cofres da Prefeitura de Adamantina. Temos que buscar recursos de outros municípios e de outras instâncias. A ideia é colocar em funcionamento este ano”, explica Cardim.
Para a operação da UPA, o prefeito explica é necessário a integração da Prefeitura, UniFAI (Centro Universitário de Adamantina) e Santa Casa. “Estas instituições precisam trabalhar em conjunto, para chegarmos a um equacionamento que viabilize o funcionamento. E, é isso que estamos realizando neste momento, terminar este estudo para poder colocar a UPA em funcionamento”.
Outro problema agregado à UPA, segundo a Administração Municipal, é a construção do prédio. “Essa obra foi recebida pela gestão anterior com problemas, inacabada e, no entanto, a Prefeitura recebeu a obra. Hoje, não temos a parte de instalação elétrica do prédio executada. Como o município recebe uma obra inacabada? Uma construção que em toda chuva tem infiltração e traz problemas para estrutura do prédio. Essa outra questão que temos que solucionar, que é de infraestrutura. O município recebeu uma obra, no meu ponto de vista, inadequadamente”, enfatiza Cardim.
O prefeito explica ainda que, a partir do momento que se recebe uma obra pública, passa a ser responsabilidade de o município a sua manutenção. “Por meio do Jurídico, estamos acionando as empresas que fizeram a obra para tentar, rapidamente, já que é difícil isso acontecer no meio Jurídico, conseguir reverter este problema em relação principalmente à parte elétrica, que não foi executada. Estamos conversando com a empresa para resolver rapidamente essa questão”, finaliza.