A demora para entrega de correspondências tem gerado transtornos aos moradores de diversos bairros de Adamantina. O atraso na prestação do serviço tem prejudicado os clientes, que arcam com o pagamento de juros de boletos que chegam dias após o vencimento.
As reclamações, que não são de hoje, evidência o ‘caos’ na estatal que já foi referência em prestação de serviços. “Estou aguardando boletos que venceriam semana passada, mas até agora não recebi. E isso está sendo algo habitual, termos que procurar alternativas para não pagar juros, já que os documentos sempre demoram em ser entregues”, afirma um comerciante ao IMPACTO, que não quis se identificar.
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E, como diz o ditado: “nada está tão ruim que não possa piorar”, os funcionários dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado na quarta-feira (26). As ameaças de privatização e demissões, o fechamento de agências e o “desmonte fiscal” da empresa, com diminuição do lucro devido a repasses ao governo e patrocínios, são os principais motivos para a mobilização, segundo a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares).
A paralisação também atinge a agência de Adamantina, o que deverá retardar ainda mais a entrega de boletos e cartas, prejudicando a população.
Outro lado
Os atrasos registrados nas entregas de correspondências em Adamantina, segundo os Correios, ocorrem por fatores como sobrecarga de objetos postais acima do dimensionado. Para minimizar os atrasos nas entregas, a estatal tem adotado medidas operacionais como o apoio de empregados de outras cidades.
“Embora a distribuição de correspondências (faturas, contas, boletos, mensagens, cartas) não ocorra de forma diária em todas as localidades de Adamantina, a entrega é realizada com regularidade no município”, afirma.
Em relação à necessidade de efetivo, os Correios estão reavaliando todos os estudos relacionados ao quantitativo da força de trabalho em cada localidade. “Somente após a conclusão desses estudos será possível dimensionar a real necessidade de efetivo”, explica.
Sobre a paralisação, a empresa informou que adotará as medidas necessárias para garantir a continuidade de todos os serviços. “Uma paralisação dos empregados neste momento delicado pelo qual passa a empresa é um ato de irresponsabilidade, uma vez que a direção está e sempre esteve aberta ao diálogo com as representações dos trabalhadores”, informa.