A saúde é uma das principais preocupações do brasileiro e um dos maiores desafios dos governantes, principalmente os de Adamantina, que trabalham para validação do curso de Medicina na UniFAI (Centro Universitário de Adamantina) em 2.018.
A preocupação atinge também os alunos de Medicina que, nesta semana, protocolaram manifesto na Câmara Municipal, Prefeitura e UniFAI requerendo a efetivação das tão prometidas melhorias. “A solicitação tem como fito o aperfeiçoamento de diversos pontos referentes à estrutura, ao corpo docente, a didática e a infraestrutura necessária a realização de estágio pelos estudantes do curso de Medicina. Tais pontos, não foram, até o presente momento, suficientemente trabalhados e desenvolvidos de forma a proporcionar o efetivo suporte de ensino do referido curso”, consta no documento.
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Na segunda-feira (26), o presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Leonardo Neiva, se reuniu com o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Fiorillo (DEM), e com os vereadores Alcio Ikeda (Podemos) e Aguinaldo Galvão (DEM) solicitando apoio para que as reivindicações sejam solucionadas “de forma satisfatória e com brevidade”, pontua.
“A irresignação dos estudantes denota a urgência das providências a serem tomadas, uma vez que esta se encontra presente já há certo tempo, ante ao não atendimento das solicitações estudantis. Dessa maneira, pretendemos através do presente documento, que os requerimentos aqui feitos sejam atendidos com presteza, ou ainda, caso não seja possível seu imediato cumprimento, que sejam apresentadas propostas efetivas e concretas que se destinem a solucionar os problemas até então enfrentados”, diz, o manifesto.
Os estudantes pedem ainda a emissão da concorrência pública para construção de novo bloco no campus II do Centro Universitário, convênio com a Santa Casa, criação do fundo de pesquisa científica, reativação do Biotério e a criação do núcleo psicopedagógico para análise de casos em sala de aula.
O vereador Alcio Ikeda afirmou que a intenção do DCE é cientificar os poderes Legislativo e Executivo das reivindicações dos alunos na UniFAI, em especial, os de Medicina, que tem no curso “diversos pontos que já deveriam estar solucionados”. “Essas reivindicações, em sua grande maioria (se não na totalidade) são competências que a própria gestão da UniFAI deveria solucionar, como por exemplo, firmar convênio com a Santa Casa, construir novo bloco, entre outras. É claro que a Câmara acompanhará todas as ações e se atentará a todo tipo de gasto com os recursos públicos da UniFAI, mas, neste caso, as principais figuras que deverão tomar frente para solucionar os problemas apontados são os futuros primeiro reitor e vice da Instituição. Estamos totalmente satisfeitos e felizes com a comunicação e com o trabalho que estamos desenvolvendo juntos ao DCE, que tem procurado debater sempre de forma democrática os direitos dos alunos, bem como benefícios a Instituição. Estão conscientes de que a UniFAI necessita de uma gestão firme e eficiente, para isso, tem buscado apoio do Legislativo para cobrar isso”.
Novo hospital
Outro ponto bastante discutido é a viabilidade de construção de novo hospital ou a reestruturação da Santa Casa, necessários para efetivação do curso de Medicina. Em maio, um encontro foi realizado para debater as primeiras ações em torno do projeto que pode resultar na construção de um novo complexo hospitalar em Adamantina.
O prefeito Márcio Cardim (DEM) oficializou pedido, por meio do deputado federal Fausto Pinato (PP), ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, solicitando a destinação de R$ 50 milhões para a construção de uma nova estrutura, que abrigaria serviços de média e alta complexidade, além de acolher as demandas decorrentes do curso de Medicina da UniFAI.
Mas, se houvesse apoio e interesse político, a instalação de um novo hospital já estaria efetivada na cidade. Em 2.007, resultado do 1º Fórum de Desenvolvimento de Adamantina, o ex-vereador adamantinense Hélio Malheiros elaborou projeto que serviu de base para o deputado Antônio Salim Curiati (PP) propor a criação do hospital.
Mesmo com posições favoráveis a implantação do Hospital Regional em Adamantina, o projeto não foi concretizado por “falta de interesse político de vereadores e prefeitos da região”, afirma Malheiros.
Segundo ele, Adamantina seria a cidade ideal para receber a nova estrutura hospitalar devido sua localização. “Estamos praticamente no centro da região, de fácil deslocamento tanto em direção a Panorama quanto para o outro lado”, destaca o ex-vereador, que estima economia de cerca de R$ 2 milhões/ano aos cofres das 24 prefeituras pertencentes à Nova Alta Paulista. “Além dos gastos, essas viagens para Marília trazem inúmeros transtornos para os pacientes”.
A unidade, que tem parecer favorável da Assembleia Legislativa para a sua construção desde 2.009, beneficiaria 31 municípios, onde residem cerca de 350 mil habitantes. “Desde que foi aprovado, nada foi feito pelos políticos locais para efetivação da unidade. A nova estrutura hospitalar foi debatida já pensando nas necessidades do curso de Medicina, que naquele momento era apenas um projeto. Hoje, muitos dos problemas de falta de estrutura para graduação estariam resolvidos”, finaliza Malheiros.