A falta de planejamento no trânsito incomoda motoristas, pedestres e ciclistas. Os problemas nascem e crescem na desorganização urbana, na falta de um projeto viário definitivo capaz de mudar radicalmente o trânsito em Adamantina. Mas, até quando isso vai continuar assim?
Preocupado com a situação, já que pesquisa realizada pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) aponta que 50% dos empresários consideram a falta de estacionamento na área central como principal problema enfrentado, o Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato do Comércio Varejista) reivindica melhorias no trânsito local.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As cobranças iniciaram no ano passado, ainda durante o período eleitoral, quando empresários se reuniram com os candidatos a prefeito, que se prontificaram a desenvolver planejamento para área central de Adamantina. Márcio Cardim (DEM) ganhou a eleição e instituiu o Conselho do Comércio Varejista de Adamantina em maio deste ano para debater melhorias ao setor.
Desde então, o Conselho busca desenvolver projeto em parceria com Comissão Municipal de Trânsito e Prefeitura. Até hoje não houve respostas.
“Buscamos alinhar as ações com a Comissão de Trânsito e o Executivo. Porém, não temos retorno. A Associação dos Engenheiros, que tem cadeira no Conselho do Comércio, se prontificou a trazer profissional para realizar estudo do trânsito local, envolver o curso de Engenharia Civil da UniFAI [Centro Universitário de Adamantina] em uma reestruturação da área central, mas também não teve respostas. Enquanto isso, mudanças são feitas de forma isoladas, sem estudos, o que vem prejudicando o comércio e a população em geral”, reclama o presidente do Conselho do Comércio Varejista, Sérgio Vanderlei da Silva.
Em junho, o Conselho enviou ofício ao presidente da Comissão Municipal de Trânsito, Paulo Augusto Purificação, que também é secretário de Planejamento da Prefeitura de Adamantina, solicitando participação em suas reuniões. Dias depois, já em julho, Purificação respondeu que membros do Conselho do Comércio seriam convidados para participar do debate, o que não ocorreu.
“Só tenho a lamentar. Queremos contribuir para solução. Enquanto isso, os problemas aumentam”, lamenta Sérgio Vanderlei.