A um ano das definições partidárias visando as sucessões municipais – o calendário eleitoral determina que as convenções das legendas ocorram entre 20 de julho e 5 de agosto de 2020 – o clima nos bastidores do Democratas não é dos melhores.
A legenda, considerada a mais forte de Adamantina por comandar o Executivo e ter a maioria no Legislativo, tenta se encontrar visando o pleito político no próximo ano.
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Na última semana, uma reunião entre os vereadores e o prefeito Márcio Cardim esquentou ainda mais o clima no partido. Isso devido o gestor municipal ter confirmado, pelo menos nos bastidores, a intenção de disputar a reeleição.
Para alguns, a decisão de Cardim em tentar buscar mais quatro anos de gestão é algo natural. Porém, há aqueles que consideraram o anúncio, mesmo que apenas para o grupo, prematuro para o momento de início das articulações para prováveis alianças.
Outro “bafafá” que corre nos bastidores políticos de Adamantina foi o “pedido” de Márcio Cardim para o vereador Acácio Rocha deixar a presidência do Democratas. Nas últimas semanas, conforme divulgado pelo IMPACTO, o parlamentar demostrou intensão em viabilizar sua própria candidatura a prefeito no próximo ano, o que possivelmente irritou o gestor municipal e seus aliados, motivando o pedido.
Porém, por enquanto, a solicitação não será acatada por Acácio Rocha. Também, nos bastidores, comenta-se que o vereador reiterou ao prefeito que não atenderá neste momento o pedido, principalmente pela forma considerada imposta e por desejar ouvir outras lideranças internas do DEM.
Enquanto o clima entre o prefeito e Acácio não é dos melhores, a relação do gestor municipal com os vereadores do mesmo partido, Dinha Santos Gil e Eduardo Fiorillo, parece ser de mais proximidade. Isso devido os dois parlamentares desejarem ocupar a vaga de vice na chapa de Márcio Cardim, tornando-os uns dos principais defensores da Administração Municipal.
Pelo histórico, Aguinaldo Galvão (DEM) deve se manter aliado ao prefeito. Já o presidente da Câmara, Eder Ruete (DEM), se mantém em silêncio sobre o futuro político. O nome dele também é cogitado na disputa pelo Executivo, mas, ainda é uma incógnita sobre qual posicionamento terá, de apoio, oposição ou neutralidade.
Também se comenta nos bastidores que se confirmando candidatura a reeleição de Márcio Cardim o vice provavelmente sairá do PSDB, mantendo a tradicional dobradinha entre as legendas nas esferas estadual e federal. Recentemente os tucanos, em entrevista do IMPACTO, anunciaram o provável apoio ao atual gestor de Adamantina, sem citar nomes.
Ainda existe uma parte do grupo que busca unir novamente a legenda em prol do mesmo projeto visando às próximas eleições, acabando com o possível racha. Tal postura deve ser encabeçada pelo ex-prefeito Kiko Micheloni, um dos principais nomes do partido.