“Estamos numa situação crítica sem precedentes, em que cada um terá sua cota de responsabilidade”, afirma presidente do Sincomercio

Sérgio Vanderlei explica decreto da Prefeitura que determinou fechamento do comércio. Serviço de entrega e delivery, grande dúvida no documento, fica permitido apenas para serviços essenciais, como entrega de comida e remédios

Lojas ficam de portas fechadas por 15 dias a partir de segunda-feira (23) (Foto: Gustavo Castellon | Grupo IMPACTO)

As principais cidades da Nova Alta Paulista, a exemplo de outras no estado de São Paulo, decretaram nesta sexta-feira (20), o fechamento de praticamente toda atividade comercial para no mínimo os próximos 15 dias, a contar a partir de domingo (22), no caso de Adamantina.

Os anúncios trouxeram grande preocupação entre as classes empresarial e de funcionários, que dependem dos negócios para sobrevivência. Os decretos, diferentes em cada município, também geraram dúvidas sobre o que é ou não permitido.

O presidente do Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato Patronal do Comércio Varejista), Sérgio Vanderlei, participou dos bastidores das decisões em Adamantina e Dracena. A posição da entidade era a de que a suspensão das atividades comerciais não fosse concretizada, pois, micro e pequenas empresas dependem do fluxo de caixa diário para a sobrevivência e a manutenção dos empregos.

Presidente do Sincomercio Nova Alta Paulista, Sérgio Vanderlei (Foto: Divulgação)

“Grande parte das empresas não aguenta ficar este tempo fechadas, o que representará em falência e demissão em massa”, ressalta Sérgio Vanderlei. “Mas é completamente entendível a preocupação dos prefeitos e suas decisões, uma vez que estão temerosos com a proliferação da doença e o colapso no serviço público de saúde”.

Para o presidente do Sincomercio, o Poder Público está fazendo a parte dele, principalmente depois das recomendações da Promotoria Pública e de ouvir os entes envolvidos com a questão. “Cabe a todos agora, enquanto empresários, funcionários e cidadãos, também fazer a sua parte. É temeroso sim, mas precisamos neste momento conter a doença, para lá na frente ver o que poderemos fazer para salvar as empresas. Os Governos, os bancos e as entidades sólidas deverão estender a mão para socorrer cada empresa atingida por esta crise”.

Sobre o decreto do Executivo em Adamantina, ficam proibidas as atividades em todos os estabelecimentos comerciais, com exceção de farmácias; supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, quitandas, padarias;  lojas de conveniência devem funcionar exclusivamente para venda de mercadorias – sem aglomeração; lojas de venda de alimentação para animais; distribuidores de gás; lojas de venda de água mineral; postos de combustível, e; outros que vierem a ser definidos caso necessário. Veja o decreto completo aqui.

O serviço de entrega e delivery, grande dúvida no decreto entre os empresários, fica permitido apenas para serviços essenciais, como entrega de comida e remédios.

“O trabalho interno está permitido, mas cada empresário precisa ter na sua consciência até onde é válido colocar em risco a própria vida, a vida de funcionários e a de clientes. Ter fé neste momento é primordial e, na medida do possível, o equilíbrio emocional. Juntos, iremos encontrar uma saída”.

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