O governo do Estado de São Paulo estendeu a quarentena de combate ao avanço do coronavirus por mais 15 dias. Com isso, o período de reclusão no território paulista, cujo término estava previsto para a terça-feira (7), foi prorrogado até 22 de abril.
Seguindo a determinação do governo estadual, a Prefeitura de Adamantina publicou novo decreto estendendo também o prazo e prometendo endurecendo ainda mais as regras de isolamento e distanciamento social, principalmente em bancos, lotéricas e supermercados.
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Embora reconheça os fundamentos da medida, o Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato Patronal do Comércio Varejista) tentou nos bastidores sensibilizar as autoridades para que algumas regras fossem flexibilizadas, como por exemplo, a permissão de atendimento presencial por agendamento e com as portas fechadas em pequenas empresas, incluindo lojas, salões de beleza, barbearias, pet´s e outros.
“É notório na cidade que as regras impostas beneficiam alguns segmentos em detrimento de outros”, ressalta o presidente do Sincomercio, Sérgio Vanderlei. “Enquanto vemos movimento de pessoas nas ruas, grandes filas e o desrespeito ao distanciamento social em bancos, lotéricas e supermercados, as pequenas empresas estão injustamente impedidas de trabalhar”.
A entidade representativa do comércio de bens e serviços solicita que os governos apresentem, urgentemente e de forma clara, um plano estratégico para o setor, afetado sobremaneira em função da restrição de atendimento ao público. Só em Adamantina são cerca de 1.500 empresas que geram aproximadamente 5 mil empregos diretos.
“Precisamos de respostas para atenuar o impacto financeiro desse cenário adverso sobre as empresas, inclusive como forma de preservar os empregos”, disse. “Paralelamente às ações de saúde é dever do Poder Público, principalmente dos governos Estadual e Federal, dar suporte aos pequenos negócios, cujas condições financeiras são bastante limitadas, em função das dificuldades que o enfrentamento da pandemia impõe”.
AÇÕES
O presidente do Sincomércio orienta aos empresários para que não adiem tomadas de decisões importantes para a sobrevivência dos negócios. Suspensão temporária dos contratos de trabalho, redução da jornada e dos salários e, até mesmo demissões, devem ocorrer nos próximos dias.
“Mais de 90% dos empregos em Adamantina estão no setor de comércio e serviços e infelizmente teremos consequências desastrosas, pois, mais uma vez as respostas do Poder Público para o setor são demoradas ou insuficientes”.
Para as autoridades, Sérgio faz um apelo: “É preciso no mínimo aprimorar essa equação entre confinamento e a paralisação das atividades humanas, porque os efeitos colaterais do combate à epidemia também vão custar vidas e esse custo está sendo gerado agora”.