Ser um olhar sensível, e de esperança, em meio a pandemia do novo coronavírus. Essa é intenção de clipe gravado em diversas cidades da Nova Alta Paulista, uma versão em português da música ‘Andràtutto bene’, que significa ‘vai ficar tudo bem’.
A canção, original em inglês, mas com título em italiano, foi escrita por Flávio Cristovám, um músico português dos Açores.
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Na versão regional, os idealizados da campanha, os publicitários Anderson Piovesan, Flavio Domingues, Carlos Gualdiano e Richard Zapparoli, reuniram músicos de Adamantina, Dracena, Lucélia e Pacaembu para passarem uma boa mensagem para este novo cotidiano em tempos de Covid-19, com pessoas afastadas, ruas vazias e incertezas econômicas.
“A nossa intenção é transmitir uma energia positiva, que logo toda essa situação vai passar e que ficará tudo bem. É um momento muito delicado para muitas pessoas, principalmente os autônomos, neles os músicos e artistas”, pontua Zapparoli.
O clipe, que se viraliza (sem trocadilho) nas redes sociais como se fosse um grito de esperança, começou a ser idealizado em 4 de abril. Dois dias depois, a canção em português já estava sendo gravada em estúdio, tudo de forma adaptada a situação imposta pela pandemia. “O processo todo durou uma semana. Finalizamos no sábado (11), e no Domingo de Páscoa colocamos no ar”. O vídeo pode ser visto no canal do YouTube: Vai Ficar Tudo Bem.
Cenas das ruas desertas, antes vistas apenas em filmes de ficção, foram gravadas em Adamantina, Lucélia, Flórida Paulista, Osvaldo Cruz, Dracena e Junqueirópolis. E, para complementar a mensagem, pessoas da região, anônimas e influenciadores digitais, representam as diversas faces da Covid-19.
“Decide manter em preto e branco, como no clipe original, para dar um aspecto de algo singular, sem distinção de raça, cor ou classe social. Todos na mesma situação. Também destacamos, no clipe, o espírito patriota, o amor ao nosso país e as pessoas afetadas. E, pessoalmente, quis colocar algumas cenas ligadas a fé, muito importante nesse momento, nos unirmos e rezamos pelas pessoas que tiveram suas vidas tiradas pela Covid-19”.
O videomaker ressalta ainda a importância dos companheiros que contribuíram para tirar a ideia do papel, pessoas autônomas que superam as dificuldades para transmitir algo bom para a comunidade regional.
“O baterista Renato Belloni fez a gravação da música, e os cantores Thiago Félix, Carlos Gualdiano e Felipe Dellovo (Felipe Smu) toparam logo de cara. O MaurileiStechi fez os violões. O Felipe Dellovo teve que adaptar um studio em casa usando colchões para abafar o som, não sendo necessário sair da quarentena. Um amigo do Renato, o Maninho, de Santa Catarina, fez a mixagem da música. Isso tudo sem cobrar nada. Todos foram fundamentais nesse processo, principalmente aqueles que estão mais afetados nesse momento, os artistas e músicos de nossa região e também aos empresários e autônomos, que neles me identifico”, conta Zapparoli
E, no início do clipe, a imagem do avô de Richard, José Steffen, representa o grupo mais vulnerável do novo coronavírus: pelo lado da saúde, os idosos, e na parte econômica, os autônomos – representando o sorveteiro, uma das inúmeras profissionais que vivem as incertezas do futuro, mas com a esperança que vai ficar tudo bem!