Desde que foram registrados os primeiros casos da Covid-19 e também as primeiras mortes pelo vírus no Estado, o isolamento social foi imposto para evitar o alastramento da doença e permitir que todo o complexo de saúde fosse reorganizado, ampliado e equipado para atender pacientes com o coronavírus. Dessa forma, foi possível constatar a tamanha fragilidade do sistema de saúde municipal. Adamantina não possui estrutura para enfrentar e suportar esse problema sanitário em caso de um aumento vultoso de pessoas infectadas.
Levando em consideração os dados apresentados pela secretaria municipal de Saúde de Adamantina, a Santa Casa possui atualmente 17 leitos clínicos (adulto) e 4 (pediátrico) estabelecidos como referência para a Covid-19, totalizando 21 leitos clínicos. Além desses, há cinco leitos de UTI credenciados. Vale destacar, que outras cidades da microrregião também serão atendidas por essa organização, são elas: Flórida Paulista, Inúbia Paulista, Mariápolis, Lucélia, Pacaembu e Pracinha. Sendo assim, a disponibilidade de leitos é insuficiente. Além disso, pouco se investiu no setor. A atenção primária nas unidades básicas de saúde que trata do primeiro acolhimento à população, deixa a desejar e é alvo de muitas críticas. Para piorar, das 25 metas propostas pelo prefeito Márcio Cardim no seu plano de governo para a área da saúde, a maior parte não saiu do papel.
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Por esses e outros motivos, a nossa cidade está longe de ser referência regional de saúde. O poder público de nossa cidade precisa fazer mais por essa esfera, esquecer um pouco a política partidária e implementar medidas inovadoras, inteligentes e responsáveis, que vão diminuir a fragilidade do sistema de saúde municipal.
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