2020 pode ser considerado um ano emblemático. No Brasil, a economia sentiu os efeitos colaterais das medidas de isolamento social. Porém, mesmo em meio a esta crise do novo coronavírus, alguns setores seguem em expansão.
É o caso da engenharia que se manteve ativa na economia desde o início da pandemia e, o agronegócio, que além de sustentar a balança comercial brasileira, apresentou um desempenho que não permitiu que se falasse em crise de abastecimento.
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O segmento de telecomunicações é outro a se destacar. De uma hora para outra, uma fatia enorme da população passou a trabalhar remotamente, em suas casas. Por conta de um trabalho eficiente desse segmento, não houve problemas graves, e o uso mais intenso de internet foi garantido.
A construção civil, considerada atividade essencial desde o começo da pandemia, não parou, mantendo e gerando empregos e negócios. São exemplos, que de acordo com o Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo), atestam como a engenharia foi importante para a economia de São Paulo e todo o país.
De acordo com o engenheiro de telecomunicações e presidente da entidade, Vinicius Marchese Marinelli, as perspectivas da retomada econômica são positivas, e a engenharia terá papel fundamental.
Ele ressalta que o desenvolvimento, engenharia e tecnologia são palavras que se complementam. “Nos últimos meses ficou claro o quanto a tecnologia pode ajudar na vida das pessoas de um modo coletivo, em apresentar soluções para a sociedade. Problemas que antes nunca foram debatidos a fundo poderão ser resolvidos com auxílio da tecnologia”, explica.
“Estamos num ambiente hoje de revolução tecnológica, de transformação digital. E quando a questão é desenvolvimento de tecnologia, é fundamental falar de Engenharia. O caminho para enfrentar os desafios que se apresentam passa pela atuação dos novos profissionais multidisciplinares. O mercado hoje, por meio da indústria 4.0, mostra como isso pode ser feito. No Brasil temos um campo grande para trabalhar nesse sentido e a Engenharia será um grande propulsor nesse novo momento”, finaliza o presidente do Crea-SP.
EIXO SP
O destaque também para a Eixo SP, que iniciou em junho deste ano um projeto operacional por um raio de 1,2 mil quilômetros em 12 rodovias que passam por 62 municípios, incluindo a região da Alta Paulista. A concessionária pontua que desde o primeiro momento o trabalho foi desempenhado sem parada. São 24 horas pelas mais diversas frentes, do operacional à engenharia, até o meio ambiente.
Durante a pandemia a Eixo SP agiu rapidamente para entregar uma estrutura de serviços condizente com as necessidades do motorista, em especial os profissionais do transporte rodoviário de cargas.
A Eixo SP tem a maior concessão rodoviária do país e já produz resultados expressivos em pouco mais de seis meses de trabalho. A malha rodoviária, desde São Carlos até Panorama passa por um cronograma de manutenção no pavimento, na sinalização e faixa de domínio.
“A Eixo SP é grata por ser mais uma empresa a fazer parte do cotidiano da população de Adamantina e região. Em breve, muitos avanços serão notados aos usuários de rodovias da Alta Paulista. Em seis meses, a atuação da Concessionária já alcança mais de 500 quilômetros de pavimento recuperado. São mais de 70 mil serviços prestados, com um alto índice de satisfação do usuário, no incrível patamar de 99% de aprovação”, avalia a concessionária.
NOVOS RUMOS
Outro grande marco de 2020 foi à renovação antecipada do contrato de concessão da Malha Paulista, assinado entre a Rumo e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Trata-se de uma iniciativa pioneira, que abriu caminhos para as demais concessionárias avançarem com projetos da mesma natureza junto à União.
O contrato original, que venceria em 2028, foi renovado por mais 30 anos, mediante uma série de contrapartidas que somam investimentos da ordem de R$ 6 bilhões. Além do aumento da capacidade de transporte de 35 milhões para 75 milhões de toneladas por ano, o contrato prevê obras em 72 municípios do estado de São Paulo, eliminando os conflitos entre ferrovia e áreas densamente povoadas. Também serão reativados os ramais Bauru-Panorama e Pradópolis-Colômbia. Ao todo, cerca de 5 milhões de pessoas serão beneficiadas com mais segurança viária.
“Estamos otimistas com a chegada de 2021. No próximo ano, teremos no primeiro semestre o início das operações da Malha Central, que compreende 1.537 quilômetros de vias férreas no entre as cidades de Estrela D’Oeste (SP) e Porto Nacional (TO). Uma nova operação que tem total sinergia com a Malha Paulista e irá tronar ainda mais eficiente e produtiva a operação ferroviária no país. Além de beneficiar o agronegócio e o fluxo de exportação ao maior complexo portuário da América Latina, a ampliação contribui para toda a indústria brasileira, atendendo às operações de importação e do mercado interno”, diz a diretoria da Rumo.
Segundo os diretores a operação ferroviária exerce um papel fundamental na geração de riqueza do país. Por isso, manter o sistema logístico em pleno funcionamento nesse momento é imprescindível para a economia, empregos e a segurança da sociedade. Além disso, a Rumo foi além e assumiu um compromisso de Responsabilidade Social com uma agenda de doações para dar suporte aos hospitais de referência e instituições parceiras no combate a pandemia da covid-19.
“As ações foram concentradas em municípios considerados críticos, tanto por incidência do coronavírus, como por relação com a ferrovia, em locais por onde a ferrovia passa. No âmbito geral, foram doados mais de 86 mil litros de produtos de limpeza, 40 mil toneladas de alimentos, 24 mil litros de álcool 70%, 16 mil EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), 10 mil testes para covid-19 e mais equipamentos hospitalares de apoio as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva)”, finaliza a Rumo.