Nesta terça-feira (4), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 coletou provas com o ex-Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Na quarta-feira (5), foi a vez de Nelson Teich, segundo ex-Ministro da Saúde e, por fim, será o Gen. Pazuello que, segundo ele, não comparecerá brevemente devido ao contato com o coronavírus sendo que, dias antes, caminhava sem máscara em shopping. No meio do escândalo político, a pandemia avança, ceifando brasileiros e brasileiras, dentre eles o querido artista Paulo Gustavo, que representa a potência do vírus e o descaso do Governo.
MANDETTA
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O ex-Ministro foi interrogado por mais de sete (7) horas, revelando algumas das tantas facetas do atual Governo Federal. A razão de Bolsonaro perder Ministros é clara, nenhum, em sã consciência, concordava com o mundo imaginário da cloroquina do Presidente e o seu Jair precisava, almejava, um estúpido, ou mau-caráter, o suficiente para aceitar sua narrativa. O Mandetta afirmou a tentativa do Governo de alterar a bula da cloroquina, visando enganar o povo para a sua compra e, além disso, comentou que um dos “grandes cientistas” que auxiliava o Bolsonaro sobre a pandemia era o seu filho, Carlos Bolsonaro.
Há uma carta de 28 de março de 2020, enviada por Luiz Mandetta para o Presidente Bolsonaro, que solicita: “recomendamos, expressamente, que a Presidência da República reveja o posicionamento adotado, acompanhando as recomendações do Ministério da Saúde, uma vez que a adoção de medidas em sentido contrário poderá gerar colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências à saúde da população.”
Portanto, desde o princípio, é nítido o negacionismo de Bolsonaro que, mesmo sabendo das condições que o país enfrentaria com a pandemia, escolheu, sem pestanejar, estar a favor da disseminação do vírus, cometendo, pelo mínimo, um crime de responsabilidade.
MORTE POLÍTICA
A morte por falta de pão, é uma morte política; A morte por falta de segurança, é uma morte política; A morte por lutar para um mundo melhor, é uma morte política; A morte por falta de saúde, por uma doença que já existe vacina, é uma morte política.
O falecimento do memorável Paulo Gustavo gerou luto coletivo, momento que paramos e refletimos: “está morrendo muita gente, pessoas boas então indo embora.” A morte dá sentido a vida, todas as civilizações possuem seus ritos, suas homenagens e dores no momento da morte e, até isso, o atual Governo conseguiu banalizar, desmerecer a morte. Se a morte perde o seu valor, a vida passa a não ter sentido.
Retire um tempo a pensar, refletir o que estamos a viver. Que todos sintam-se abraçados e confortados neste delicado momento. Cuida-se.