Cazuza e Frejat. O primeiro é Agenor de Miranda Araújo Neto, nome de escola (em Guarujá-SP). O segundo é Roberto Frejat de 59 anos. “Eu vou pagar a conta do analista; Pra nunca mais ter que saber quem eu sou”.
A música “Ideologia” resume a pegada de Barão Vermelho! “Meu partido; É um coração partido; E as ilusões estão todas perdidas; Os meus sonhos foram todos vendidos; Tão barato que eu nem acredito; Eu nem acredito; Que aquele garoto que ia mudar o mundo; (Mudar o mundo); Frequenta agora as festas do “Grand Monde”. Uma curiosidade pra quem desconhece: “Grand Monde” é “a alta sociedade, a alta-roda; a elite”.
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“Meus heróis morreram de overdose; Meus inimigos estão no poder”. Talvez o som fale, também, de heróis da mesma área desta incrível banda que atende por Barão Vermelho. O som pede “Ideologia; Eu quero uma pra viver”.
Talvez aqui a decadência da história de Cazuza: “O meu prazer; Agora é risco de vida; Meu sex and drugs não tem nenhum rock’n’roll”. Talvez o mesmo Agenor de Miranda Araújo Neto não goste de seu nome e prefira “pagar a conta do analista; Pra nunca mais ter que saber quem eu sou; Pois aquele garoto que ia mudar o mundo; Agora assiste a tudo em cima do muro”.
Em 2004 foi lançado o filme “Cazuza – O Tempo Não Para”. Nele: “a trajetória de Cazuza, desde seus tempos com a banda Barão Vermelho até sua carreira solo”. Lembrando que, segundo nota publicada nesta coluna, haverá um especial às carreiras solo: Cazuza e Frejat estão inclusas, com certeza!
Os caras subiram aos palcos em 1981. Hoje, pra quem curte música com qualidade, há uma quantidade de sons que só veem a destoar tais ouvidos. Quando pesquisa-se no Google “barão” aparece um gritante “barão da pisadinha” por duas vezes. Agora já não sei se é “barão ou barões da pisadinha”. O que interessa é a possível inspiração da banda nos três nomes: Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, Joaquim José de Souza Breves e Luciano José de Almeida Valim que foram apelidados de “barões do café”.