A realidade mudou, se antes de 2018 ser contra o “mito” Bolsonaro era um ato de repúdio, de falta de senso, pois o “gigante acordou”, hoje passou a ser rotina o grito “Fora Bolsonaro” nas ruas e será ainda mais forte diante das próximas manifestações populares e, mais ainda, diante do ‘superpedido’ de impeachment. O pedido reúne os partidos de oposição e, também, “ex-bolsonaristas” que largaram o barco com o atual desmonte do Governo Federal. Dito isso, é preciso estar atento às ruas, à CPI e a luta política, são tempos de metamorfoses e como já analisou o senador Otto Alencar: “Collor renunciou e Dilma foi cassada por muito menos”.
SOBRE OS CRIMES
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O ‘superpedido’ de impeachment protocolado nesta quarta-feira (30/06), na Câmara dos Deputados, afirma que o Bolsonaro cometeu, pelo menos, 21 crimes descritos na Lei nº 1.079/1950 (Lei do Impeachment). Sendo eles: 1 – Crime contra a existência política da União; 2 – Hostilidade contra nação estrangeira; 3 – Crime contra o livre exercício dos Poderes; 4 – Tentar dissolver ou impedir o funcionamento do Congresso; 5 – Ameaça contra algum representante da nação; 6 – Opor-se ao livre exercício do Poder Judiciário; 7 – Ameaça para constranger juiz; 8 – Crime contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 9 – Usar autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder; 10 – Subverter ou tentar subverter a ordem política e social; 11 – Incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina; 12 – Provocar animosidade nas classes armadas; 13 – Violar direitos sociais assegurados na CF; 14 – Crime contra a segurança interna do país; 15 – Decretar o estado de sítio não havendo comoção interna grave; 16 – Permitir a infração de lei federal de ordem pública; 17 – Crime contra a probidade na administração; 18 – Expedir ordens de forma contrária à Constituição; 19 – Proceder de modo incompatível com o decoro do cargo; 20 – Negligenciar a conversação do patrimônio nacional; 21 – Crime contra o cumprimento das decisões judiciais.
E AGORA, JOSÉ?
Tal pedido reúne argumentos de outros 122 já protocolados, a problemática maior é Arthur Lira, atual presidente da Câmara dos Deputados, e servo de Bolsonaro. A CPI vêm dado passos largos, em uma investigação que visava comprovar o negacionismo do Governo Federal, está encontrando claros indícios do maior crime de corrupção brasileiro, isso, claro, pressiona o líder da Câmara em acelerar os processos. É evidente, segundo relatos da CPI, que Bolsonaro tinha o conhecimento de contratos ilegais sobre as vacinas, agora é lutar, pressionar, se posicionar para que o servo Lira se revolte contra o seu tirano.