Santa Teresa de Calcutá, após receber o prêmio Nobel da Paz, se encontrava dando banho em uma criança. Um repórter aproximou-se e perguntou: “O que a senhora acha que o mundo precisa para mudar?” Ela respondeu: “Eu e você, amanhã a Índia terá duas pessoas mudadas”.
A transformação exige tempo, as sementes são lançadas na terra e necessitam de tempo para germinar e produzir frutos. O serviço que a Clínica PAI (Polo de Atividades Integradas) presta a comunidade de Adamantina e região ajuda o ser humano a transformar sua vida. Diariamente acolhemos pessoas que chegam em surto, com depressão, drogadas, entre outras situações que é comum na psiquiatria. Pensando em como bem acolher, idealizamos um espaço que proporciona um relaxamento aos acolhidos e também contato com natureza.
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Deixando as paredes e encontrando-se com o belo.
A criatura que vai ao encontro do Criador.
Esse novo espaço exala espiritualidade e conduz o cristão a graça divina.
Além do tratamento psicológico e social promovido pela equipe técnica da Clínica PAI, vem sendo ofertado também a Laboterapia, que visa tratar o paciente ao ar livre, estimulando o contato com a natureza através do plantio de verduras na horta e flores e frutos no jardim, assim fortalecendo cada paciente a redescobrir suas habilidades e potencializando seus limites, e conhecimento interior, promovendo na prática um efeito motivacional e relaxante, com intuito de melhorar o humor e enfatizar a importância do cuidar e ser cuidado.
Podemos evidenciar grandes marcos no modelo de tratamento em saúde mental, atualmente destaca-se a humanização de indivíduos que por vezes nunca tiveram sua voz escutada.
A supervalorizara e cobrada “razão” da sociedade abre espaço para um debate que tende a desconstruí-la e contemplar o indivíduo em sua totalidade, ou seja, considerando sua desrazão.
De louco todos nós temos um pouco, já dizia o senso comum, então qual o motivo de invalidar isso no ser humano?
Práticas em psicologia ao logo dos anos buscam entender o sujeito nas suas singularidades, a Clínica PAI da mesma forma passa a buscar por essa contemplação. (Re)inserir indivíduos que, historicamente foram marginalizados, por meios sociais, exercício da cidadania, atividades laborais e contato com a essência da natureza fazem parte de um processo árduo devido às amarras da sociedade, porém, necessárias na medida em que o sujeito em sofrimento emerge pela a busca de sua integração e bem-estar biopsicossocial.
Coautores: Gabriele Messias, Gabriel Morelato