O Talibã, grupo radical fundamentalista, retorna ao poder no Afeganistão após 20 anos. Ao observar as caóticas guerras geopolíticas faz-se necessário a visita ao passado. O que acontece hoje no Afeganistão é resultado de anos, décadas, de conflitos e projetos mal executados por países ocidentais, nada é por acaso. Há muito recurso, dinheiro e armas, no transcurso dos conflitos, o império estadunidense enviou mais de 3 trilhões de dólares para a “Guerra ao Terror”, como uma “resposta” ao atentado as Torres Gêmeas. É preciso atenção no momento em que o vulcão entra em erupção, para que a verdade não seja subvertida.
CONTEXTO HISTÓRICO
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Após 1945, final da segunda guerra mundial, as duas grandes potências disputam campo – países – EUA vs. URSS. Entre os anos de 1979 a 1989 ocorreu a Guerra Afegã-Soviética, em combate as milícias ligadas ao Paquistão e a Arábia Saudita, logo após o confronto o Talibã surge com apoio logístico, treinamento, dinheiro e armas fornecidas pelos Estados Unidos e a Inglaterra. Em 1995 o Talibã, facção com visão extremista da religião islâmica, já contava com 15 mil membros. Com a derrocada da União Soviética (URSS), em 1991, o país afegão sofreu uma guerra civil para disputar o poder remanescente. O Talibã, então, chega ao poder e perdura de 1996 até 2001, sendo derrubado pelo seu próprio criador e financiador: o governo dos EUA.
20 ANOS DE “SERVIÇO”
A “Guerra ao Terror”, iniciada por Bush e intensificada pelo Barack Obama, é o maior projeto político, depois de Israel, que os EUA possuem. O combate ao Terrorismo é uma verdadeira peça teatral, onde o Império Estadunidense tem passe livre para adentrar qualquer país e saquear seus recursos naturais, mas, combatendo, claro, os terroristas e salvando a nossa pele!
O Presidente Trump, acreditem ou não, em relação à política de guerra, é um pacifista em relação ao Obama. A problemática, em toda essa história, é os EUA abandonar o Afeganistão e, pior, deixando muitos recursos, armas, bases e dentre outros, para os radicais do Talibã. Sendo assim, não repararam o país, não diluíram o terrorismo, não forneceram recursos ao país para a defesa e, agora, deixam a nação asiático a mercê, pessoas desesperadas, pulando em asas de avião pois sabem que o futuro é pior que cair de mais de 100 metros de altura.
E AGORA?
O protagonista da história, os EUA, falhou. As potências mundiais não sinalizam desejo de lutar, o Talibã não é autossuficiente, seu poder não perdurará por muito tempo, mas o tempo que durar será de muita dor para o povo afegão. Enquanto isso as potências mundiais cuidarão de seu próprio PIB, seguindo a lógica do sistema.